sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
2012 - Paulo Junior
“E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração”. 1Pedro 4.7
“2012”! Muito tem-se falado desse ano e muitos prognósticos foram e estão sendo feitos a respeito dessa data como sendo um ano de desastres globais, acontecimentos místicos e apocalípticos.
Tudo isso por conta da indústria cinematográfica, os canais de comunicação, a TV e principalmente a Internet. No YouTube, por exemplo, é possível ver dezenas e centenas de vídeos dessa categoria falando sobre o fim dos tempos, vídeos como “A Chegada” e os “Iluminatis”. Essa avalanche de informação audiovisual contém nela um misto de ficção científica, informações secretas e ocultas extraídas não se sabe de onde e também profecias de textos bíblicos. Com certeza isso tem mexido com a Igreja, pois essa também está totalmente atualizada dentro dos padrões tecnológicos de hoje, logo tudo isso está levando os cristãos a ficarem focados nesse tipo de informação.
Estamos vendo uma geração que acompanha cada passo da mídia, a cada dia novos vídeos são publicados tratando desses assuntos, tendo milhões de adeptos e seguidores no mundo todo. São milhares de informações ao mesmo tempo a esse respeito, que estão deixando a grande maioria confusa, levando invariavelmente a fazermos associações sobre esses assuntos com os textos bíblicos, o Evangelho e o final dos tempos.
Entretanto, o que há de verdade em tudo isso? O que vai acontecer no ano de 2012?
O que eu posso lhe dizer é que a vida do cristão tem que ser pautada somente nas Escrituras, e elas realmente nos dão sinais de eras vindouras e do final de todas as coisas, mas não dizem nada a respeito de 2012.
O que eu vejo em toda essa parafernália audiovisual, falando de “Iluminatis”, “Nova Era” e etc., não é nada mais que especulações, hipóteses e até estórias recheadas de ficção, que não contribuem muito para edificação da Igreja.
Veja só: a Palavra diz que o mundo “jaz no maligno” (1Jo 5.19), ou seja, quem controla todo esse sistema mundano é Satanás. Ele é quem está por trás da maioria desses temas, até mesmo as informações que são “vazadas” dos planos que tais organizações ou governos tenham e que nós temos acesso são controladas pelo diabo e o seu sistema.
Ou seja, esses vídeos que temos acesso e essas “informações secretas” que vêm à tona – que parecem desvendar seus planos e permitir que todos saibam que o que Diabo, e a “Nova Ordem Mundial” estão fazendo – tratam-se de dados manipulados e forjados.
Pense: que propósito Satanás teria em revelar seus planos e permitir que todos tenham conhecimento para que eles sejam frustrados? Absolutamente nenhum! Na verdade até as “informações verdadeiras” não passam de enganos, armadilhas, algo conhecido como “cortina de fumaça”, para que as pessoas se iludam e gastem suas forças contra algo inútil!
Portanto, querido(a), meu desejo é que você abra seus olhos, porque eu sei que milhares de cristãos estão viciados, hipnotizados e mesmo presos a essas informações, ditando suas vidas segundo elas. Isso está fazendo com que os cristãos fiquem estagnados na sua fé, na sua vida espiritual, no seu relacionamento devocional com Deus, criando cristãos que são controlados e manipulados pela mídia e pela era digital.
O que eu tenho a dizer a você acerca de 2012?
Na verdade é mais um ano como os outros que já houveram antes, apenas mais avançado. Tudo que for ocorrer está na soberania de Deus.
Sim, Jesus está próximo de voltar. Sim, as profecias estão se cumprindo, mas o nosso termômetro, base e razão de fé são as Escrituras, e o que nós devemos fazer é nos consagrar, nos doar a Ele – o capitão da nossa salvação – procurando amá-Lo de todo o nosso coração, conhecendo e obedecendo fielmente os Seus mandamentos.
Deixemos essas especulações e essas ficções de lado e voltemos à fé simples baseada somente nas Escrituras. É possível que você tenha muita informação bíblica, acadêmica e cultural; talvez saiba muito dos planos da “Nova Ordem Mundial”, de Satanás e dos “Iluminatis”, mas o quanto você sabe da pessoa de Jesus Cristo? O quanto você conhece e tem se dedicado às Escrituras? O quanto você tem praticado o que conhece? Tem exercitado a piedade, o amor ao próximo e o amor a Deus? Quanto tem crescido em santificação? Quantas horas tem passado de joelhos diante de Deus, por dia, acompanhadas de jejuns?
Isso é o que realmente importa! Conhecê-Lo e ser conhecido Dele. É isso que eu espero para você em 2012. É isso que eu quero que você projete e busque em 2012: crescer à estatura de Cristo, se conformar à Sua imagem, amá-Lo sobre todas as coisas. Desejo que seja despertado em você um amor pelos perdidos, uma paixão pelos pecadores, que o espírito evangelístico venha até você e o leve a pregar o Evangelho como nunca nesse próximo ano. Que ganhe almas e que se regozije ao vê-las salvas e sendo edificadas na verdade. E, que muitas dessas almas, quando o fim chegar, se encontrem salvas através do trabalho de suas mãos.
Que você também seja um bom pai, uma boa mãe, um bom filho e filha, um bom marido e esposa, segundo os princípios bíblicos e os padrões doutrinários que Cristo deixou na sua Palavra para uma família saudável, bíblica e para que nós tenhamos uma Igreja forte, consistente, ataviada para o seu Noivo.
Abandone um pouco desses meios eletrônicos, essa parafernália da mídia – sei que é útil, sei que Deus usa – mas talvez você está precisando ficar a sós com Deus, se isolar, ouvir o silêncio um pouco, deixar a TV, o computador, as mensagens picadas na Internet, e ter uma experiencial individual, particular com Deus!
Se você fizer assim, não importa o quanto dessa avalanche audiovisual propagada pelos meios de comunicação – e que traz mais confusão do que edificação – é verdade ou não, se isso será como eles dizem ou não, se está próximo ou não, você estará preparado, confiando e obedecendo as Escrituras, sendo um servo fiel de Cristo. Assim, creio sinceramente que você será poupado de todas essas tragédias, que fazem tanto mal para sua alma.
Que Deus te abençoe e que você tenha um feliz 2012 firmado em Jesus.
Paulo Junior.
Posso namorar uma pessoa não cristã?
Qual é o problema? Não tem nada demais. Eu posso evangelizá-lo e levá-lo para a igreja. Vai ver que essa é forma dele conhecer a Cristo! Ah! Que caretice! Isso é palhaçada! Esse tempo já passou!
Pois é, é comum ouvirmos de nossos adolescentes e jovens frases como estas. Para muitos deles não existe o menor problema em namorar um não cristão. Entretanto, o que talvez eles desconheçam é o ensino bíblico de que não devemos nos colocar em jugo desigual com os incrédulos (II Co 6.14).
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?"
Para Calvino, o jugo desigual era nada menos que manter comunhão com as obras infrutíferas das trevas e estender-lhes a destra de companhia. Em outras palavras isto significa estar ligado ao mesmo tempo, lado a lado na mesma canga. É a metáfora dos bois ou cavalos que têm de andar juntos, desfrutando das mesmas práticas, porque estão presos na mesma canga.
Caro leitor, escolher uma pessoa que compartilha da mesma fé e sonhos é fundamental a construção de um namoro equilibrado e saudável. Como escrevi no meu livro "Namoro.com", o namoro deve ocorrer entre pessoas que estejam em igualdade de situações. O fato de existir discrepâncias espirituais pode proporcionar um seriíssimo problema relacional entre aqueles que se gostam.
Do ponto de visto bíblico o namoro entre não cristãos e cristãos é absolutamente desaconselhável. Paulo, ao escrever aos coríntios ordena que um cristão ao se casar, deve fazê-lo “somente no Senhor”. Obviamente isso proíbe o casamento com incrédulos e, portanto, namorá-los.
Vale a pena lembrar o que a Confissão de Fé de Westminster diz a respeito do casamento entre cristãos e não cristãos: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casar-se com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem os piedosos prender-se a jugo desigual por meio do casamento com os que são notoriamente ímpios em suas vidas, ou que mantêm heresias perniciosas”
10 razões porque a pregação da Palavra deve ser o centro dos nossos cultos.
O reformador francês João Calvino via a pregação do evangelho como o centro da vida e obra da igreja. Ele cria que a pregação era central na igreja porque ela era o modo de Deus salvar o Seu povo, até o ponto dele se considerar também um ouvinte: "Quando eu subo ao púlpito não é para ensinar os outros somente. Eu não me retiro aparte, visto que eu devo ser um estudante, e a Palavra que procede da minha boca deve servir para mim assim como para você, ou ela será o pior para mim. ", dizia ele.
Para Calvino a pregação da Palavra era um meio de graça para o povo de Deus - “Quando nos reunimos em nome de Deus”, ele dizia, “não é para ouvir meros cânticos" (diferentemente da nossa geração que valoriza extravagantemente o momento de louvor). Para Calvino, os que desenvolviam tais práticas se alimentavam exclusivamente de vento. Além disso, Calvino cria que a pregação deveria ser “sem exibição”, para que o povo de Deus pudesse reconhecer nela a Palavra de Deus e para que o próprio Deus, e não o pregador pudesse ser honrado e obedecido.
A luz deste background gostaria de trazer 10 razões porque a pregação das Escrituras deve ocupar o centro do nosso culto:
1- Cristo é exaltado. As Escrituras quando pregadas exaltam o nome do Senhor. É impossível expor a Bíblia sem que o nome do Eterno seja glorificado.
2- O homem é humilhado. A Exposição das Escrituras aponta para o estado de miserabilidade do homem. A pregação da Bíblia revela quem somos, nossas incongruências, idiossincrasias e pecaminosidade, revelando-nos que fora de Cristo todos estão mortos em seus delitos e pecados.
3- Somos reanimados no Senhor. As Escrituras quando pregadas trazem sobre a finitude humana, o poder infinito de um Deus Soberano proporcionando com isso o reascendimento da chama da esperança.
4- Nossa psiquê é envolvida por graça. A Palavra de Deus quando pregada traz remédio para a alma cansada, refrigério para o abatido, alento para o desesperançoso.
5- A Igreja é edificada. Quando a Bíblia é proclamada nossas igrejas são edificadas. A exposição das Escrituras, ao contrário dos movimentos vazios contemporâneos, fazem com que o povo de Cristo cresça no conhecimento do Senhor.
6- Somos protegidos dos erros doutrinários. Calvino costumava dizer que as Escrituras Sagradas é o escudo que nos protege do erro. A Bíblia quando pregada nos traz orientações importantíssimas que se aplicadas em nosso cotidiano nos protegem das heresias e distorções teológicas propagadas pelos falsos profetas.
7- Nos tornamos pessoas mais comprometidas com Cristo. As Escrituras quando pregadas nos desafiam a viver como Cristo viveu. A Bíblia quando proclamada nos leva a desejarmos viver a vida cristã de forma santa, pura e abnegada.
8- Vivemos para a glória de Deus. A Bíblia quando pregada leva-nos a querer viver exclusivamente para a glória de Deus.
9- Ansiamos pela volta do nosso Redentor. As Escrituras quando proclamadas nos levam a ima santa ansiedade pelo glorioso dia em que o Rei dos reis e Senhor dos Senhores voltará para a sua igreja.
10- Somos reavivados. A Bíblia quando pregada reaviva nossa alma, aquece os corações, desperta-nos para oração, desafia-nos a intercessão enchendo nossos corações com o santo desejo de estar continuamente em sua santa presença.
Pense nisso!
Renato Vargens
Um falso Deus chamado jesus cristo
Por Márcio de Souza
Crise todo mundo tem, mas nos últimos meses, percebe-se que a comunidade protestante em geral está debaixo de uma onda de experiências e situações que assombrariam qualquer apóstolo. Por exemplo, é fato que verdades que soavam absolutas para nós, agora se transformaram em jargões sem poder. O relativismo tem minado as bases da ortodoxia e derrubado “verdades absolutas” na cabeça de milhares de pessoas pelo Brasil. Havia respeito por alguém que se denominasse pastor, afinal de contas, era o estereótipo de integridade. Hoje em dia, ser pastor não significa muita coisa, pelo contrário, é sinônimo de usurpação e falta de caráter. Quem tem crédito hoje em dia são os bispos, apóstolos, paióstulos, príncipes e reis que estão sendo ordenados de qualquer maneira por aí. A primeira verdade que deixou de ser verdade nesses tempos pós-modernos é que existem verdades absolutas. A reboque, a relativização da função pastoral, tornou pastores em animadores, deixando a autoridade e o governo da Igreja para o bispo-mestre e primaz.
Outra “verdade” que abandonou seu posto com o ataque relativista é o esvaziamento do conteúdo Bíblico das mensagens. Uma boa coreografia seguida de boa música já resolve o problema do povo, nos tornamos os reis do blá bla blá e esquecemos do conteúdo da nossa mensagem. Estamos fazendo o que dá certo e não o que é certo. A maravilhosa proposta do Reino de Deus, converteu-se em chavões na boca de falsos profetas que se contentam com essas “novas verdades”.
Por último, apresenta-se o quadro mais grave que poderíamos presenciar, o diabo, sabedor de nossas fraquezas, entende que não adianta mais tentar lançar pessoas no culto a imagens, espiritismo e outros tipos de coisas. Agora o ataque tem sido mais sutil, ele leva os fiéis a adorar um falso Deus chamado jesus cristo. Não se assuste, é isso mesmo, Jesus cristo é o nome desse novo ídolo criado para arrebanhar milhares e milhares de desavisados. Não estou falando do Deus vivo e ressurreto, daquele que morreu por nós e que vive e reina pra sempre, mas de cristo esvaziado do seu conteúdo, sem poder, o cristo jargão, que precisa de rosa vermelha ou sal grosso para completar sua obra salvífica, aquele que depende de um banho de descarrego ou de um sabonete de enxofre para libertar alguém.
Queridos, esse não é Cristo, é demônio disfarçado de anjo de luz. Estão tentando fazer com que a verdade da cruz seja jogada no lixo e deixe de ser verdade, planejam que Jesus seja morto de uma vez por todas, mas não importa quantas vezes eles venham a tentar matá-lo, ele sempre há de ressuscitar! Porque não interessa quantas coisas o relativismo vai abarcar com sua ideologia, o homem que um dia disse que é a verdade, zelará pelo seu bom nome e pelo seu sacrifício!
Pense nisso:
“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” 2 Corintios 11:14
E no mais, tudo na mais santa paz!
***
Postou Marcio de Souza, no Púlpito Cristão
Outra “verdade” que abandonou seu posto com o ataque relativista é o esvaziamento do conteúdo Bíblico das mensagens. Uma boa coreografia seguida de boa música já resolve o problema do povo, nos tornamos os reis do blá bla blá e esquecemos do conteúdo da nossa mensagem. Estamos fazendo o que dá certo e não o que é certo. A maravilhosa proposta do Reino de Deus, converteu-se em chavões na boca de falsos profetas que se contentam com essas “novas verdades”.
Por último, apresenta-se o quadro mais grave que poderíamos presenciar, o diabo, sabedor de nossas fraquezas, entende que não adianta mais tentar lançar pessoas no culto a imagens, espiritismo e outros tipos de coisas. Agora o ataque tem sido mais sutil, ele leva os fiéis a adorar um falso Deus chamado jesus cristo. Não se assuste, é isso mesmo, Jesus cristo é o nome desse novo ídolo criado para arrebanhar milhares e milhares de desavisados. Não estou falando do Deus vivo e ressurreto, daquele que morreu por nós e que vive e reina pra sempre, mas de cristo esvaziado do seu conteúdo, sem poder, o cristo jargão, que precisa de rosa vermelha ou sal grosso para completar sua obra salvífica, aquele que depende de um banho de descarrego ou de um sabonete de enxofre para libertar alguém.
Queridos, esse não é Cristo, é demônio disfarçado de anjo de luz. Estão tentando fazer com que a verdade da cruz seja jogada no lixo e deixe de ser verdade, planejam que Jesus seja morto de uma vez por todas, mas não importa quantas vezes eles venham a tentar matá-lo, ele sempre há de ressuscitar! Porque não interessa quantas coisas o relativismo vai abarcar com sua ideologia, o homem que um dia disse que é a verdade, zelará pelo seu bom nome e pelo seu sacrifício!
Pense nisso:
“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.” 2 Corintios 11:14
E no mais, tudo na mais santa paz!
***
Postou Marcio de Souza, no Púlpito Cristão
Por que eu não assisti o Festival Promessas da Globo
Por Renato Vargens
“Aleluia! Chegamos lá! Que Bênção, o Brasil todo está vendo a música gospel na tela da Globo. Aha, Uhu, a Globo é nossa!
Pois é, essas são algumas frases que recebi de irmãos em Cristo sobre o Festival Promessas, promovido pela Rede Globo de Televisão. Ao contrário destes e de milhares de evangélicos deste país, eu não vejo esse evento com bons olhos. Na verdade, a impressão que tenho sobre este festival é a pior possível.
Ora, vamos combinar uma coisa? É ingenuidade da nossa parte achar que a Vênus Platinada, resolveu alegremente privilegiar a música evangélica brasileira, não é verdade? É claro que os interesses globais estão bem além dos ritmos e melodias entoadas pelos cantores evangélicos tupiniquins.
Isto posto enumero dentre muitas, pelo menos 04 razões pelas quais eu não assisti o Festival promessas:
1- A motivação da Rede Globo de televisão é exclusivamente financeira. É sabido que os evangélicos são os que menos pirateiam CDS e DVDS. Um publico deste tipo é interessantíssimo, o que contribui para o desejo platinado de adentrar em um mercado tão promissor.
2- A briga com a Record. A Globo nitidamente resolveu polarizar com a Rede Record tentando trazer para o seu lado milhões de evangélicos decepcionados com a TV de Edir Macedo. Na verdade, o objetivo final da emissora carioca é audiência, dinheiro e novos negócios além é claro de esvaziar a audiência da concorrente.
3- O famigerado show business evangélico. Os shows evangélicos afrontam o nome de Deus. Em nome de um cristianismo tosco, cantores comercializam a fé fazendo da adoração ao Senhor um grande e bom negócio.
4- A industria do entretenimento gospel. Em nenhum momento nós vemos nas Escrituras qualquer tipo de mandamento ou instrução por parte do Senhor de que a Igreja deveria promover entretenimento. A igreja foi chamada para glorificar a Cristo e pregar o Evangelho da Salvação Eterna. Ao fazer de Deus seu instrumento de lazer e descontração, a igreja peca contra o terceiro mandamento tomando o nome do Senhor em vão.
Pense nisso!
Entrevistando um crente do século 21
Como anda a sua comunhão?
Crente: Comunhão? Eu não preciso estar em contato com outros salvos pra ser salvo, já que salvação é individual, pelo menos foi o que eu sempre ouvi dizer. Os outros que se virem para serem salvos também, afinal, Deus deu uma vida pra cada um pra que qual tome conta da sua. Eu não tenho nada com os problemas de ninguém. Cada um é que peça ajuda a Deus por si mesmo.
E o que você pensa sobre suportar os irmãos em amor?
Crente: Suportar os irmãozinhos da igreja em amor? Deus é que tem a obrigação de suportá-los. Eu já tenho que aturar muita gente e não tenho paciência nenhuma. Passo a semana todinha gastando a minha paciência e no domingo tenho que aturar mais gente chata? Tô fora!
O que você entende por talento e como costuma usá-lo?
Crente: O que que tem os meus talentos? Deus me deu pra usar em meu proveito, para eu conseguir ganhar dinheiro e ter sucesso, fama, reconhecimento. Como assim usá-los em favor do Reino? Eu quero é ganhar dinheiro e ser feliz sendo reconhecido no mercado com aquilo que faço de melhor. E eu vou conseguir. Trabalhar na igreja é perder tempo.
Por que você vai à igreja, então?
Crente: Por que vou à igreja? Bem, eu vou à igreja porque é um lugar onde me sinto bem. Lá ouço palavras de conforto que fazem bem ao meu ego. As músicas são legais, dá até pra pular, bater palma, sorrir, e isso me faz bem, já que elas têm uma mensagem que sempre me exaltam e dizem que eu sou vencedor, campeão – e quem não gosta de se sentir um campeão? E também, o que eu estaria fazendo em casa? Não tem nada pra ver na TV. Quer dizer, até tem, mas já encheu a paciência. É melhor estar num lugar que faça bem pro meu ego. Além disso, preciso estar lá, afinal, já que eu pago o dízimo, preciso usufruir de alguma coisa, pelo menos.
E se eu te perguntasse sobre o que você menos gosta na sua igreja?
Crente: Ah, de tudo mesmo, o mais difícil de aturar é a convivência com as pessoas. Eu não suporto gente, ainda mais gente chata. Lá na igreja todo mundo fica preocupado com a minha vida, e isso me irrita.
Com que frequência você lê a Bíblia?
Crente: Bem, eu não tenho muito tempo pra ler a Bíblia, mas todo domingo no início do culto eu leio a Bíblia no projetor lá da igreja. Sinceramente, eu não entendo nada. Prefiro meu pastor falando. Ele sabe extrair muitas lições para conquistarmos nossa vitória através dos textos. Na semana passada ele falou sobre “Os 7 passos de Balaão para a vitória”. Gostei muito!
Alguma consideração final?
Crente: Ah, tem outra coisa que eu esqueci de dizer, o pastor sempre traz uma palavra inteligente. Os temas dos sermões dele são sempre voltados pra mim. Adorei uma mensagem que ele pregou sobre “7 passos para conquistar o impossível”! Um tema bem parecido com um livro de auto-ajuda que li uma vez. Bom mesmo. O legal é que não tenho necessidade nenhuma de pensar, porque meu pastor pensa por mim, ele é mais que um líder, é um pai pra nós. Ttem sempre um decreto pra minha vida e eu sei que serei abençoado se seguir tudo o que ele diz.
Ok. Eu conversei com um crente do século XXI. Entreviste-se e responda as mesmas perguntas que ele respondeu. Será que em algum ponto você vai concordar com ele ou não? Responda nos comentários.
***
N. do E.: A ideia para esse post me ocorreu hoje, quando comecei a ler o livro do pastor Mark Dever intitulado “O Que é uma Igreja Saudável?” o qual tem me encantado. Tenho aprendido de verdade o que Deus diz em Sua Palavra sobre o que é Igreja. Isso tem me levado à reflexão sobre todo esse estado de coisas que tenho visto acontecer no Brasil, bem como me preocupar ainda mais com a igreja onde congrego. Desejo que através desse texto você seja levado a pensar também sobre como tem se relacionado em igreja e encarado o desafio de pertencer a ela como cristão verdadeiro.
O problema da Língua Nervosa
Este texto aborda o velho problema das línguas chamadas línguas estranhas. O fato é que desde que me conheço por gente encontro pessoas declamando verdadeiras frases esquisitas afirmando ser um momento de unção espiritual. Esta semana, de dentro do meu quarto ouvia uma pregação ocorrida em via pública cujo ministrante externando veemência e vigor tentava construir frases evangelísticas, mas que no meio delas, aparentando ser interrompido por uma “força divina”, inseria frases tipo “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” (aproveitando este parêntese, alguém já conseguiu decifrar o significado do “cânta-lá”, visto que parece ser um dialeto comum nos ritos (neo)pentecostais?) Ops!! – Aqui já reconheço que a Teologia não desenvolveu um departamento de linguística espiritual para desvendar e/ou interpretar certas expressões.
O que acontece sem sombra de dúvidas é que quando uma pessoa expressa tal dom (ou habilidade, para os que não crêem na contemporaneidade dos dons) na maioria das vezes ela perde a racionalidade do culto (Rm 12:1) e praticamente rasga os ensinamentos bíblicos. Ou seja: – a Bíblia que se vire! O que vale é que apareça o meu “espetacular dom de línguas”!
Para muitos, o falar em línguas representa um toque especial de espiritualidade, mas para o apóstolo Paulo, não. Ao escrever para a igreja de Coríntios – uma igreja de carisma e sem caráter – advertiu que ainda que ele falasse a língua dos anjos, de nada valeria, além de afirmar que preferia falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras desconhecidas.(1 Co 14:19); afinal muitos dos cristãos de corinto comumente exibiam seus domínios de línguas pátrias a frente da igreja, lendo e orando em outras línguas, porém sem que a Eclésia compreendesse.
Em nenhum momento das escrituras vejo Jesus dando um sermão recheado de expressões estranhas; em nenhum momento vejo João, Pedro ou Paulo dando demonstrações de espiritualidade através de frases sem nexo algum. Quando me interrogam sobre o falar em línguas estranhas, sempre respondo, sei um pouquíssimo de inglês porque fiz um curso intensivo, contudo reconheço que Deus não me presenteou falar em mandarim através de uma iluminação instantânea. Não tenho este dom. Reconheço.
Mas estou cansado dessa hierarquização espiritual. Quem não fala em línguas não é cheio do Espírito? Aonde tem isso na Bíblia? Chega de tanta invenção! O maior exemplo desse exibicionismo sem sentido ocorreu dentro na igreja de Corintos, então me respondam por que ainda se comete este mesmo erro hoje?
Línguas Estranhas não é vídeo game ou karaokê pra ninguém sair por aí “cantalabailando” o Evangelho de Deus.
Línguas Estranhas não é vídeo game ou karaokê pra ninguém sair por aí “cantalabailando” o Evangelho de Deus.
Veja que Paulo:
1) disse que quem fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus (1 Co 14:2-4). – Portanto desligue a língua nervosa quando não estiver edificando ninguém, caso contrário estará confundindo o culto;
2) aconselha que bem melhor que falar o idioma estranho é pregar a palavra, pois o dom de profecias é bem maior do que o de línguas (1 Co 14:5). – Isto quebra a noção hierárquica de que se tem que falar línguas para crescer espiritualmente.
3) adverte que se use a língua para pronunciar palavras inteligíveis, visto que como se entenderá o que se diz? (1 Coríntios 14:9) – Falar palavras estranhas seria como falar ao ar.
4) adverte que todo dom precisa ser para edificação da igreja (1 Co 14:12). – Que se acabe o exibicionismo!
5) ratificou que o ato de orar, adorar ou cantar precisa ser feito com entendimento para que o próximo possa concordar (1 Co 14:14-15). – Como dirão amém se as línguas estranhas tomarem conta do recinto?
6) prefere falar cinco palavras inteligíveis, portanto, por que fazer um show de “unção” lingüística que ninguém compreende? (1Co 14:18-19) – Não sejam egoísta, falem de Jesus de forma clara e objetiva!
7) não usava a língua nervosa inconseqüente, além de afirmar que aplicada de forma incorreta provocará escândalo. (1 Co 14:23) – Portanto é bom fazer o uso correto do microfone, principalmente em cultos de rua. Chega de tanto “shek-la-ba-cânta-lá-su-ru-ma-naia” pra endoidar os descrente!!
enfatizou outra coisa importantíssima: se for falar em língua desconhecida, deve-se falar no máximo duas ou três pessoas, e por favor… sem intérprete não dá né? (1Co 14:27-28) – Ôh thurma das línguas, controle a língua nervosa, e caso não encontre um poliglota para interpretar, não desobedeça a palavra: Cale-se!
9 ) ainda ratificou que os espíritos dos profetas estão sujeitos a estes, e não vice-versa (1Co 14:32) – Não me venham com a desculpa de que entrou em transe e falou em várias línguas sem perceber.
10) não proibiu o uso das línguas desconhecidas, assim como não é isto que estou dizendo no texto. (1 Co 14.39-40) – Mas se realmente você tem esse dom, use dentro das ressalvas bíblicas e observe se tal língua é útil para edificação da igreja.
Sabonete do Sangue do Cordeiro? (ABSURDO)
Para você que não se sente perdoado em só orar para purificar de seus pecados! Seus problemas acabaram!!!
Já existe no mercado o sabão que vai deixar o corpo e a alma mais alvo que a neve! O sabonete do Sangue do Cordeiro… Sim, do cordeiro Gezuis!
Pecou??? Vai tomar banho! Literalmente…
Filho falou palavrão? Faz ele engolir esse sabonete!
Resumindo: Tem coisas que só o mundo Gospel faz por vc!
***
Não deturpe as Escrituras
1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, 2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência.
1 Timóteo 4.1-2.
...
3 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, 4 é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, 5 altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. 6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. 7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. 8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. 9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. 10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
1 Timóteo 6.3-10.
1 Timóteo 4.1-2.
...
3 Se alguém ensina outra doutrina e não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, 4 é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, 5 altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. 6 De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. 7 Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. 8 Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. 9 Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. 10 Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.
1 Timóteo 6.3-10.
Hermenêutica e Exegese Bíblicas (Interpretando e Explicando na Pregação Expositiva)
Atos 8.30 “… Compreendes o que vens lendo?”
OLHE BEM PARA A FIGURA ABAIXOFazer hermenêutica é saber que só existe elefante de quatro pernas. Embora, muitos hermeneutas têm visto elefantes de cinco ou mais pernas. Às vezes o que você pensa que vê não condiz com a realidade. Todo cuidado é pouco.
DEFINIÇÕES:
n HERMENÊUTICA: A palavra hermenêutica significa explicar, interpretar ou expor. Do grego ερμηνευειν − hermeneuein = INTERPRETAR. Nas Escrituras é usado em quatro versículos: João 1.42; 9.7; Hebreus 7.2 e Lucas 24.27. O termo Hermenêutica, portanto, descreve simplesmente a prática da interpretação.
n EXEGESE: do Grego εξηγησιs − exégesis ek+egéomai, penso, interpreto, arranco para fora do texto. Não se trata de pôr algo no texto (eis-egesis) e sim de tirar o que já existe no texto (ex-egesis).
Uma das Funções do pastor ou pregador leigo é explicar (interpretar) a Bíblia – Ne 8.8 “A missão do intérprete é servir de ponte entre o autor do texto e o leitor“. (J.Martínez, Hermeneutica Biblica, p. 34)
ALGUNS TERMOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS
n Antilegomena = Escritos bíblicos que em certo momento foram questionados;
n Apócrifos = Livros supostamente do Antigo Testamento, mas que não possuem embasamento para comprovar a autenticidade quanto a seu caráter profético;
n Cânon = Do grego “kánon”, e do hebraico “kaneh”, regra; lista autêntica dos Livros considerados como inspirados;
n Epístolas = Cartas;
n Evangelho = Boas Novas;
n Homologomena = Livros bíblicos aceitos por todos e que em momento algum foram questionados;
n Paráfrase = Tradução livre ou solta, onde o objetivo é traduzir a idéia e não as palavras;
n Pseudo-epígrafos = Falsos escritos. Livros não bíblicos, cujos escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos fantasiosos;
n Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e gregos de Alexandria, incluindo os Livros apócrifos;
n Sinópticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos são chamados de evangelhos sinópticos, pois sintetizam a vida de Jesus de forma harmoniosa;
n Testamento = Aliança, Pacto, Acordo;
n Tradução = Transliteração de uma língua para outra;
n Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes cópias de um mesmo texto, mediante comparação. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;
n Versão = Tradução da língua original para outra língua.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS QUE DEVEMOS TER PARA FAZER UMA BOA EXEGESE.
(ninguém faz exegese sem pressupostos)
ATITUDES ERRADAS FRENTE À BÍBLIA
n O RACIONALISMO – coloca a mente humana acima da revelação divina. Tira tudo o que é tido como sobrenatural, como os milagres.
n O MISTICISMO – coloca os sentimentos ou a experiência humana acima da revelação de Deus. O neo-pentecostalismo extremado, por exemplo, que aceita as “novas revelações” em detrimento às Escrituras.
n O ROMANISMO – põe a igreja acima da Bíblia. A tradição e as declarações papais “ex cátedra”, tem a mesma autoridade da Bíblia.
n AS SEITAS – elevam os escritos de seu fundador acima das Escrituras. Ex: Mormonismo, Tabernáculo da fé, Adventismo, Testemunhas de Jeová etc.
n A ALTA CRÍTICA – coloca as pressuposições do crítico liberal acima da Bíblia. Colocam às Escrituras em pé de igualdade com qualquer outro livro. Ou a Bíblia está acima de qualquer livro ou não é o livro de Deus.
n A NEO-ORTODOXIA – diz que a Bíblia não é a Palavra de Deus, senão que se transforma em Palavra de Deus quando fala ao coração do leitor. De maneira sutil, se transmite assim a autoridade das Escrituras ao leitor, onde à luz de “seu coração” se quando Deus fala e quando não. (contra Jr 17.9).
n OUTRAS “ESCRITURAS” – Com freqüência se diz que a Bíblia é só mais um livro sagrado. Se afirma que as outras religiões também têm suas escrituras autoritativas. É evidente que nenhuma destas «escrituras», com exceção do Alcorão, pretende ser uma revelação de Deus.
A VERDADE ABSOLUTA existe na mente de Deus
Pela REVELAÇÃO a verdade vem à mente do escritor numa forma antropomórfica
Pela INSPIRAÇÃO essa revelação se torna Escritura que é infalível e inerrante
Pela PRESERVAÇÃO temos os presentes textos que devem ser comparados para serem exatos em sua essência
Pela TRADUÇÃO obtemos nossas versões no vernáculo que nós tentamos tornar essencialmente fiéis
Pela INTERPRETAÇÃO a revelação vem à mente dos leitores apresentando a verdade original que veio da mente de Deus
OS DISTANCIAMENTOS:
n Distanciamento temporal – A Bíblia está séculos distante de nós.
n Distanciamento contextual – Os livros da Bíblia foram escritos em várias situações diferentes.
n Distanciamento cultural – O mundo em que os escritores da Bíblia viveram já não existe.
n Distanciamento lingüístico – As línguas em que a Bíblia foi escrita também já não existem.
n Distanciamento autorial – Os autores já estão mortos.
A natureza divina da Bíblia, por sua vez, provoca outros tipos de distanciamentos:
n Distanciamento natural – a distância entre Deus e nós é imensa.
n Distanciamento espiritual — somos pecadores.
n Distanciamento moral – é a distância que existe entre seres pecadores e egoístas e a pura e santa Palavra que pretendem esclarecer.
HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA – PRINCÍPIO
n Esdras – Ne 8.8 “Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”.
No tempo de Cristo, a exegese judaica podia classificar-se em 4 tipos:
1. Método Literal – referido como peshat (despir, depenar). Não se procurava um sentido além da passagem bíblica.
2. Interpretação Midráshica – rabi Hillel. Era mais espiritualista perdendo a visão do texto.
3. Interpretação Pesher – comunidades de Qumran. Era midráshica mais com enfoque escatológico. Mais aplicação do que interpretação.
4. Exegese Alegórica – o verdadeiro sentido jaz sob o significado literal das Escrituras. O alegorismo foi desenvolvido pelos gregos.
Os rabinos usavam às vezes peshat, outras vezes, midrash.
n Filo (c. 20 a.C. – c. 50 d.C.) Acreditava que o significado literal era para os imaturos e o alegórico para os maduros. Filo considerava a história de Adão e Eva uma fábula. E outras passagens como mito.
HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA
do 2º ao 4º século
n Escola de Alexandria
Clemente
Origines
n Escola de Antioquia
Luciano
Em termos práticos, Alexandria nos ensina a ter cautela com a interpretação dos “espirituais”. Antioquia nos ensina: Evitar a subjetividade descontrolada
PAIS LATINOS – AGOSTINHO E JERÔNIMO
Principais Características Hermenêuticas
n Preferência pelo Literal
n Contexto histórico
n Intenção autoral
n Alegorias ocasionais
n Escritura com Escritura
n Regra de Fé da Igreja
REGRAS DE INTERPRETAÇÃO DE AGOSTINHO
(na prática, Agostinho renunciou à maioria de seus princípios e inclinou-se para uma alegorização excessiva).
AS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO
n As escolas de teologia – nas catedrais. Surgem como contraponto aos mosteiros
n O judeu Rashi (Rabi Salomão bem Isaque – 1040-1105)
Comentarista da Bíblia Hebraica e Talmude Babilônico
n Publicação da obra de Maimônides (1135-1204) – “Guia para os perplexos“. A lei pode ser aplicada e interpretada literalmente
n Surgimento das ordens mendicantes
Francisco de Assis – Interpretação literal dos Evangelhos.
n Tradução das Escrituras para o vernáculo
João Wycliffe – (1328-1384) Tradução da Vulgata latina para o inglês.
O ressurgimento na Idade Média do interesse do método gramático-histórico contribuiu para a Reforma.
IDADE MÉDIA
(Séc. 5º ao 16º)
Prevaleceu o Sistema de Interpretação Difundido por Alexandria. Antecipou os princípios histórico-gramaticais dos Reformadores
n João Cassiano (435 AD) – Quadriga:
Histórico ou literal – o sentido óbvio do texto
Alegórico ou cristológico – sentido mais profundo. Aponta para Cristo
Tropológico ou moral – conduta do cristão
Anagógico ou escatológico – o que o cristão devia esperar
n As Escrituras possuem diversos sentidos
Bernardo de Claraval
Nicolau de Lira
Boaventura
O MÉTODO DE CALVINO
A Hermenêutica de Lutero
Entre a hermenêutica medieval e a obra de Calvino, devemos situar o trabalho e Martinho Lutero (1438-1546). Com o afã de viver de acordo com o modelo de Agostinho (354-430), Com a Reforma a Bíblia toma o lugar que antes pertencera a hierarquia Católico Romana. Lutero não se viu livre da alegoria. Seu trabalho, contudo, trouxe inestimáveis contribuições à igreja cristã.
Calvino e seu uso do método Histórico-Gramatical
n Calvino faz um uso mais desenvolvido do método histórico-gramatical. Ele tenta levá-lo às últimas conseqüências e manter uma coerência metodológica ao analisar textos do Novo e do Antigo Testamento. Por estas razões não é exagero dizer que ele foi o maior pensador de seus dias e o grande exegeta da Reforma.
n Princípios da Hermenêutica de Calvino
1. Renúncia à alegorese e enfática denúncia da mesma como sendo uma arma de deturpação do sentido da Escritura
2. Ênfase no sentido literal do texto
Calvino defende que cada texto tem um, e somente um, sentido, que é aquele pretendido pelo autor humano. Ele esclarecia aos seus leitores que há passagens que são nitidamente figurativas e outras simbólicas, estas devem ser interpretadas como demonstra ser a intenção do autor.
3. Dependência da operação do Espírito Santo para a correta interpretação da Bíblia
4. Valorização do estudo das línguas originais para melhor compreensão do ensino sagrado
5. Tipologia equilibrada, evitando impor a textos veterotestamentários simbolismos que eles não suportam
6. A melhor arma para interpretar a Bíblia é a própria Bíblia Este tem sido considerado o princípio áureo da hermenêutica reformada.
OS REFORMADORES: CARACTERÍSTICAS
n Ênfase no Literal
n Iluminação do Espírito Santo
n Estudos das Escrituras – Escritura com Escritura
n Intenção Autoral
n Uso de Outras Fontes
n Linguagem Figurada
n Os reformadores desenvolveram um sistema de interpretação que representou um rompimento radical com a hermenêutica alegórica medieval.
n Rejeição do método alegórico e ênfase no sentido literal, gramático-histórico do texto.
n Uma passagem só tem um sentido, e esse é literal.
n A necessidade da iluminação do Espírito Santo
n O homem é caído – A Escritura é divino-humana
n A necessidade de se estudar às Escrituras
n A Bíblia é um livro humano. Divino quanto a origem. A intenção do autor humano
n Possui passagens obscuras que precisam ser esclarecidas
n Necessidade de uma teologia sistemática
MODERNIDADE
n Racionalismo X Empirismo
Descartes Locke
Spinoza Berkeley
Leibniz Hume
Mesmo sendo teoricamente contrárias entre si, as duas filosofias concordavam que Deus tem de ficar de fora do conhecimento humano
n Impacto do Iluminismo
Rejeição dos Milagres
Distinção entre Fé e História
Erros nas Escrituras
Exegese Controlada Pela Razão
n Surgimento das Metodologias Críticas
Críticas das Fontes
Crítica da Forma
Crítica da Redação
PÓS-MODERNISMO
O Iluminismo e Racionalismo
n O surgimento do Método Histórico-Crítico da Bíblia está associado às mudanças que ocorrem no pensamento humano e, conseqüentemente, na cosmovisão da época.
Iluminismo: Início do Séc. XVIII
n Revolta contra a religião institucionalizada
– Filosofias:
Racionalismo: Descartes, Spinoza e Leibniz
Empirismo: Locke, Berkeley e Hume
Deus: uma hipótese desnecessária
– Teologia: Deísmo: Deus não intervém na história (Início da teologia liberal).
Características:
n Rejeição do sobrenatural e da revelação
n O sobrenatural não invade a história
n História: resultado de causa e efeito
n Os relatos históricos da Bíblia, são construções do povo de Israel e da Igreja Primitiva
n A exegese é controlada pela razão
n - Razão: a medida suprema da verdade
n - Fé + Racionalismo = Método Histórico-Crítico
RESUMO DA HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO
n Na Idade Antiga Alegoria
n Na Idade Média Dogma
n Na Reforma Escritura
n Pós-Reforma Confissões
n Período Moderno Razão
COMPARATIVO ENTRE AS ESCOLAS
O AUTOR COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
O significado é aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. É importante verificar o que o autor disse em outro escrito. O que Lucas registrou em seu Evangelho poderá ser mais esclarecedor se comparado com Atos, outro registro de Lucas. Devemos levar em conta os idiomas da época: aramaico, hebraico e grego. Eles possuem um significado que não pode variar. Por outro lado, o texto está limitado ao que o autor disse exatamente? Por exemplo: lemos em Efésios 5.18: “Não vos embriagueis com vinho”. Alguém poderia dizer: “Paulo proíbe que nos embriaguemos com vinho, mas acho que não seria errado embriagar-se com cerveja, rum, ou outra droga”. Os escritos do apóstolo vão além de sua consciência, embora essas implicações não contradigam o significado original, antes fazem parte do texto e seu objetivo. Compreendemos então o mandamento paulino como um princípio, pois mesmo que o autor não esteja ciente das circunstâncias futuras, ele transmitiu exatamente a sua intenção.
O TEXTO COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
Alguns eruditos afirmam que o significado tem autonomia semântica, sendo completamente independente do que o autor quis comunicar quando o escreveu. De acordo com esse ponto de vista, quando um determinado escrito se torna literatura, as regras normais de comunicação não mais se lhe aplicam, transformou-se em texto literário. O que o texto está realmente dizendo sobre o assunto? Analisando o relato em Marcos 4.35-41 Qual é o objetivo do texto? Informar sobre a topografia do mar da Galiléia ou o mal tempo naquela circunstância? Seu objetivo era falar sobre Jesus Cristo, Filho de Deus. O significado que Marcos queria transmitir está claro: “Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (4.41). O autor queria transmitir que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Filho de Deus. Ele é o Senhor e até mesmo a natureza está sujeita a ele!
O LEITOR COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
Segundo essa perspectiva, o que determina o significado é o que o leitor compreende do texto. O leitor atualiza a interpretação do texto. Leitores distintos encontram diferentes significados, isso porque o texto lhes concede permitir essa multiplicidade. É relevante o que pensa o leitor? Isto poderia influenciar o sentido do texto? Se compreendermos que há diferença de interpretação entre um leitor crente e outro que é ateu, a resposta é sim! Contudo, é necessário que o leitor esteja em condições de entender o texto. Ao verificar como as palavras são usadas nas frase, como as orações são empregadas nos parágrafos, como os parágrafos se adequam aos capítulos e como os capítulos são estruturados no texto, o leitor procurará compreender a intenção do autor. O texto, em sua íntegra, ajudará o leitor a compreender cada palavra individualmente. Assim sendo, as palavras, ou conjunto de palavras, ajudam a compreender o todo.
O PROCEDIMENTO EXEGÉTICO ERRADO
n O procedimento errado.
Ler o que muitos comentários dizem com sendo o significado da passagem e então aceitar a interpretação que mais lhe agrade.
Este procedimento é errado pelas seguintes razões:
a) encoraja o intérprete a procurar interpretação que favorece a sua preconcepção;
b) forma o hábito de simplesmente tentar lembrar-se das interpretações oferecidas. Isto para o iniciante, freqüentemente resulta em confusão e ressentimento mental a respeito de toda a tarefa da exegese.
Isto não é exegese, é outra forma de decoreba e é muito desinteressante e perigoso. Os comentaristas não são infalíveis.
O péssimo resultado e mais sério do “procedimento errado” na exegese é que próprio interprete não pensa por si mesmo. As convicções que você mesmo buscou e absorveu ficam pra vida toda.
CINCO REGRAS CONCISAS
n interpretar lexicamente. É conhecer a etimologia das palavras, o desenvolvimento histórico de seu significado e o seu uso no documento sob consideração.
n interpretar sintaticamente: o interprete deve conhecer os princípios gramaticais da língua na qual o documento está escrito, para primeiro, ser interpretado como foi escrito.
n interpretar contextualmente. Deve ser mantido em mente a inclinação do pensamento de todo o documento. Então pode notar-se a “cor do pensamento”,que cerca a passagem que está sendo estudada.
n interpretar historicamente: o interprete deve descobrir as circunstâncias para um determinado escrito vir à existência.
n interpretar de acordo com a analogia da Escritura. A Bíblia é sua própria intérprete. diz o princípio hermenêutico.
APRENDA A EXAMINAR O CONTEXTO
n Contexto Imediato
A. Leia a passagem em pelo menos 3 traduções diferentes.
B. O que precede e se segue imediatamente à passagem?
C. Há algumas definições fornecidas pelo contexto imediato?
D. Qual é o argumento principal do capítulo inteiro?
E. Qual é o ponto principal da própria passagem?
F. Qual é o entendimento consistente da passagem no contexto?
n Contexto Amplo
A. A minha interpretação faz essa passagem contradizer com
1. o próprio autor?
2. outras passagens bíblicas?
3. com o bom senso?
B. Quais outras passagens na Escritura lançam luz sobre os assuntos levantados nessa passagem?
ALGUMAS PERGUNTAS IMPORTANTES:
1. Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada?
2. O que a passagem diz?
3. Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada?
4. Qual é o contexto imediato?
5. Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro?
6. Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta?
7. Qual é o fundo histórico e cultural?
8. Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem?
9. As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram esta passagem?
10. O que eu posso aprender e aplicar à minha vida?
UM PROCEDIMENTO HERMENÊUTICO DE 6 PASSOS
n 1º Passo: Análise Histórico-Cultural e Contextual
Consideramos o ambiente histórico-cultural do autor para melhor compreendermos suas alusões e objetivos.
n 2º Passo: Análise Léxico-Sintática
Visa compreendermos a definição das palavras (lexicologia) e sua relação com as outras (sintaxe) para que entendamos melhor o sentido texto. Neste momento é fundamental um bom conhecimento de português e, se possível, de grego e hebraico.
n 3º Passo: Análise Teológica
Consideramos o nível de conhecimento teológico do público alvo na época em que o texto foi escrito, levando em conta os textos correlatos para seus primeiros destinatários.
n 4º Passo: Análise Literária
Identifica a forma ou método literário utilizado numa passagem em particular (metáforas, antropomorfismos etc.) visando uma interpretação mais adequada.
n 5º Passo: Comparação com Outros Intérpretes
Comparar o produto dos quatro passos acima com trabalhos de outros intérpretes sobre do mesmo texto.
n 6º Passo: Aplicação
Traduzir o significado original do texto, obtido pelos 5 passos acima, para a nossa própria época e cultura.
10 PROPÓSITOS DAS CITAÇÕES DO A. T.
ANÁLISE LÉXICO-SINTÁTICA
a) Determinar a forma literária geral
n Sentido Literal: Coroa de ouro na cabeça do rei
n Sentido Figurativo: Não me chame de coroa pois eu sou muito novo.
n Sentido Simbólico: “vi uma coroa de 7 pontas que eram 7 nações”.
b) Observar as divisões naturais do texto
n Divisões em versículos e capítulos (úteis na localização de passagens) dividem o texto de modo antinatural.
n Algumas versões mantêm a numeração, mas organizam o texto em parágrafos. Atos 8:1 depende completamente de Atos 7:60.
c) Observar os conectivos dentro de parágrafos e sentenças
d) Determinar o sentido das palavras (Ex: carne)
e) Como determinar o sentido das palavras?
n Entender os estilos diversos. Determinar se a palavra está sendo utilizada como parte de uma figura de linguagem ou não.
n Estudar passagens paralelas.
ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL E CONTEXTUAL
a) Determinar o contexto histórico-cultural geral
• Situação política, econômica e social;
• Costumes relacionados ao texto em questão;
• Nível de comprometimento espiritual do “público alvo”.
b) Contexto histórico-cultural específico e objetivos de um livro
• Quem foi o autor? Qual era seu ambiente e sua experiência espiritual?
• Para quem estava escrevendo? (crentes fiéis, crentes em pecado, incrédulos, apóstatas, etc.)
• Qual foi a finalidade (intenção) do autor ao escrever este livro?
c) Desenvolver uma compreensão do contexto imediato
• Entender como o livro é organizado (montar um esboço por assunto);
• Saber contextualizar a passagem em análise na argumentação corrente o autor;
• Saber identificar a perspectiva do autor:
i. Numenológica: Perspectiva Divina, absoluta (geralmente relacionadas a questões morais);
ii. Fenomenológica: Perspectiva humana, relativa (relacionadas a questões naturais, físicas).
d) Distinguir passagens descritivas de prescritivas
• A ação de Deus numa passagem narrativa nem sempre significa que Deus sempre opera deste modo com os crentes.
• Ações humanas descritas na Bíblia, se não forem claramente aprovadas por Deus, devem ser avaliadas. A Bíblia também registra os erros dos homens de Deus.
e) Distinguir o núcleo de ensino de uma passagem de detalhes incidentais
Ex: Uma vez que o filho pródigo voltou para o Pai sem a necessidade de um mediador, então alguém poderia concluir que Jesus não é essencial para a salvação.
f) Definir a quem se destina cada promessa, sentença, ordenança, etc.
REGRAS GERAIS DE INTERPRETAÇÃO
As regras de interpretação se dividem em quatro categorias: gerais, gramaticais, históricas e teológicas. É necessário que o estudante da bíblia se familiarize com essas regras básicas de interpretação.
BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
FEE, Gordon D. e STUART, Douglas. Entendes o Que Lês? São Paulo: Editora Vida Nova, 1982.
GEISLER, Norman. e HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas Enigmas e “Contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2001.
LOPES, Augustus Nicodemus. A Bíblia e Seus Intérpretes. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
VANHOOZER, Kevin. Há um Significado Neste Texto? São Paulo: Editora Vida, 2005.
VIRKLER, Henry. Hermenêutica Avançada: Princípios e Processos de Interpretação Bíblica. São Paulo: Editora Vida, 2001.
OLHE BEM PARA A FIGURA ABAIXOFazer hermenêutica é saber que só existe elefante de quatro pernas. Embora, muitos hermeneutas têm visto elefantes de cinco ou mais pernas. Às vezes o que você pensa que vê não condiz com a realidade. Todo cuidado é pouco.
DEFINIÇÕES:
n HERMENÊUTICA: A palavra hermenêutica significa explicar, interpretar ou expor. Do grego ερμηνευειν − hermeneuein = INTERPRETAR. Nas Escrituras é usado em quatro versículos: João 1.42; 9.7; Hebreus 7.2 e Lucas 24.27. O termo Hermenêutica, portanto, descreve simplesmente a prática da interpretação.
n EXEGESE: do Grego εξηγησιs − exégesis ek+egéomai, penso, interpreto, arranco para fora do texto. Não se trata de pôr algo no texto (eis-egesis) e sim de tirar o que já existe no texto (ex-egesis).
Uma das Funções do pastor ou pregador leigo é explicar (interpretar) a Bíblia – Ne 8.8 “A missão do intérprete é servir de ponte entre o autor do texto e o leitor“. (J.Martínez, Hermeneutica Biblica, p. 34)
ALGUNS TERMOS IMPORTANTES E SEUS SIGNIFICADOS
n Antilegomena = Escritos bíblicos que em certo momento foram questionados;
n Apócrifos = Livros supostamente do Antigo Testamento, mas que não possuem embasamento para comprovar a autenticidade quanto a seu caráter profético;
n Cânon = Do grego “kánon”, e do hebraico “kaneh”, regra; lista autêntica dos Livros considerados como inspirados;
n Epístolas = Cartas;
n Evangelho = Boas Novas;
n Homologomena = Livros bíblicos aceitos por todos e que em momento algum foram questionados;
n Paráfrase = Tradução livre ou solta, onde o objetivo é traduzir a idéia e não as palavras;
n Pseudo-epígrafos = Falsos escritos. Livros não bíblicos, cujos escritos se desenvolvem sobre uma base verdadeira, seguindo caminhos fantasiosos;
n Septuaginta = LXX de Alexandria. Bíblia traduzida para o grego por judeus e gregos de Alexandria, incluindo os Livros apócrifos;
n Sinópticos = Síntese. Os três primeiros evangelhos são chamados de evangelhos sinópticos, pois sintetizam a vida de Jesus de forma harmoniosa;
n Testamento = Aliança, Pacto, Acordo;
n Tradução = Transliteração de uma língua para outra;
n Variantes = Diferenças encontradas nas diferentes cópias de um mesmo texto, mediante comparação. Elas atestam o grau de pureza de um escrito;
n Versão = Tradução da língua original para outra língua.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS QUE DEVEMOS TER PARA FAZER UMA BOA EXEGESE.
(ninguém faz exegese sem pressupostos)
A existência deDeus | Deus existe e atua na história. Milagres e profecia são possíveis. Portanto, podemos interpretar os relatos da atividade sobrenatural de Deus como história e não mito. |
RevelaçãoProgressiva | Deus se revelou progressivamente. A revelação não foi dada de uma única vez. Portanto, devo ler o texto bíblico comparando as suas diferentes partes considerando a unidade. |
Inspiração eAutoridade | Os escritores bíblicos foram movidos pelo Espírito, de tal forma que seus escritos são inspirados por Deus. Portanto, são autoritativos e infalíveis. |
História daRedenção | A Bíblia deve ser lida como o registro dos atos redentores de Deus na história. Portanto, a Bíblia deve ser lida, não como um manual de ciências, astronomia, geografia ou física, mas como um livro teológico. |
Cristo | Devemos ler a Bíblia sabendo antecipadamente que Cristo é a substância de todos os tipos e símbolos do AT, do pacto da graça e de todas as promessas. Cristo, portanto, é a própria substância, centro, escopo e alma das Escrituras. |
Cânon | O cânon protestante das Escrituras é a coleção feita pela Igreja de livros que ela reconheceu que foram dados pela inspiração de Deus. Cada livro deve ser lido e entendido dentro deste contexto canônico, que é o contexto apropriado para a interpretação. |
ATITUDES ERRADAS FRENTE À BÍBLIA
n O RACIONALISMO – coloca a mente humana acima da revelação divina. Tira tudo o que é tido como sobrenatural, como os milagres.
n O MISTICISMO – coloca os sentimentos ou a experiência humana acima da revelação de Deus. O neo-pentecostalismo extremado, por exemplo, que aceita as “novas revelações” em detrimento às Escrituras.
n O ROMANISMO – põe a igreja acima da Bíblia. A tradição e as declarações papais “ex cátedra”, tem a mesma autoridade da Bíblia.
n AS SEITAS – elevam os escritos de seu fundador acima das Escrituras. Ex: Mormonismo, Tabernáculo da fé, Adventismo, Testemunhas de Jeová etc.
n A ALTA CRÍTICA – coloca as pressuposições do crítico liberal acima da Bíblia. Colocam às Escrituras em pé de igualdade com qualquer outro livro. Ou a Bíblia está acima de qualquer livro ou não é o livro de Deus.
n A NEO-ORTODOXIA – diz que a Bíblia não é a Palavra de Deus, senão que se transforma em Palavra de Deus quando fala ao coração do leitor. De maneira sutil, se transmite assim a autoridade das Escrituras ao leitor, onde à luz de “seu coração” se quando Deus fala e quando não. (contra Jr 17.9).
n OUTRAS “ESCRITURAS” – Com freqüência se diz que a Bíblia é só mais um livro sagrado. Se afirma que as outras religiões também têm suas escrituras autoritativas. É evidente que nenhuma destas «escrituras», com exceção do Alcorão, pretende ser uma revelação de Deus.
VERDADE DE DEUS |
REVELAÇÃO |
INSPIRAÇÃO |
PRESERVAÇÃO |
TRADUÇÃO |
INTERPRETAÇÃO |
POVO DE DEUS HOJE |
Estágios da Verdade Divina |
Como a verdade chegou até nós |
A VERDADE ABSOLUTA existe na mente de Deus
Pela REVELAÇÃO a verdade vem à mente do escritor numa forma antropomórfica
Pela INSPIRAÇÃO essa revelação se torna Escritura que é infalível e inerrante
Pela PRESERVAÇÃO temos os presentes textos que devem ser comparados para serem exatos em sua essência
Pela TRADUÇÃO obtemos nossas versões no vernáculo que nós tentamos tornar essencialmente fiéis
Pela INTERPRETAÇÃO a revelação vem à mente dos leitores apresentando a verdade original que veio da mente de Deus
OS DISTANCIAMENTOS:
n Distanciamento temporal – A Bíblia está séculos distante de nós.
n Distanciamento contextual – Os livros da Bíblia foram escritos em várias situações diferentes.
n Distanciamento cultural – O mundo em que os escritores da Bíblia viveram já não existe.
n Distanciamento lingüístico – As línguas em que a Bíblia foi escrita também já não existem.
n Distanciamento autorial – Os autores já estão mortos.
A natureza divina da Bíblia, por sua vez, provoca outros tipos de distanciamentos:
n Distanciamento natural – a distância entre Deus e nós é imensa.
n Distanciamento espiritual — somos pecadores.
n Distanciamento moral – é a distância que existe entre seres pecadores e egoístas e a pura e santa Palavra que pretendem esclarecer.
HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA – PRINCÍPIO
n Esdras – Ne 8.8 “Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia”.
No tempo de Cristo, a exegese judaica podia classificar-se em 4 tipos:
1. Método Literal – referido como peshat (despir, depenar). Não se procurava um sentido além da passagem bíblica.
2. Interpretação Midráshica – rabi Hillel. Era mais espiritualista perdendo a visão do texto.
3. Interpretação Pesher – comunidades de Qumran. Era midráshica mais com enfoque escatológico. Mais aplicação do que interpretação.
4. Exegese Alegórica – o verdadeiro sentido jaz sob o significado literal das Escrituras. O alegorismo foi desenvolvido pelos gregos.
Os rabinos usavam às vezes peshat, outras vezes, midrash.
n Filo (c. 20 a.C. – c. 50 d.C.) Acreditava que o significado literal era para os imaturos e o alegórico para os maduros. Filo considerava a história de Adão e Eva uma fábula. E outras passagens como mito.
HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA
do 2º ao 4º século
n Escola de Alexandria
Clemente
Origines
n Escola de Antioquia
Luciano
Em termos práticos, Alexandria nos ensina a ter cautela com a interpretação dos “espirituais”. Antioquia nos ensina: Evitar a subjetividade descontrolada
PAIS LATINOS – AGOSTINHO E JERÔNIMO
Principais Características Hermenêuticas
n Preferência pelo Literal
n Contexto histórico
n Intenção autoral
n Alegorias ocasionais
n Escritura com Escritura
n Regra de Fé da Igreja
REGRAS DE INTERPRETAÇÃO DE AGOSTINHO
- O intérprete deve possuir fé cristã autêntica;
- Deve-se ter em alta conta o significado literal e histórico da Escritura;
- A Escritura tem mais que um significado e, portanto, o método alegórico é adequado;
- Há significado nos números bíblicos;
- O A. T. é um documento cristão, porque Cristo está retratado nele;
- Compete ao expositor entender o que o autor pretendia dizer;
- O intérprete deve consultar o verdadeiro credo ortodoxo;
- Um versículo deve ser estudado em seu contexto, e não isolado dos demais que o cercam;
- Se o significado de um texto é obscuro, nada na passagem pode constituir matéria de fé ortodoxa;
- O Espírito Santo não toma o lugar do aprendizado necessário para se entender a Escritura. O intérprete deve conhecer hebraico, grego, geografia e outros assuntos;
- A passagem obscura deve dar preferência à passagem clara;
- O expositor deve levar em consideração que a revelação é progressiva.
(na prática, Agostinho renunciou à maioria de seus princípios e inclinou-se para uma alegorização excessiva).
AS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO
n As escolas de teologia – nas catedrais. Surgem como contraponto aos mosteiros
n O judeu Rashi (Rabi Salomão bem Isaque – 1040-1105)
Comentarista da Bíblia Hebraica e Talmude Babilônico
n Publicação da obra de Maimônides (1135-1204) – “Guia para os perplexos“. A lei pode ser aplicada e interpretada literalmente
n Surgimento das ordens mendicantes
Francisco de Assis – Interpretação literal dos Evangelhos.
n Tradução das Escrituras para o vernáculo
João Wycliffe – (1328-1384) Tradução da Vulgata latina para o inglês.
O ressurgimento na Idade Média do interesse do método gramático-histórico contribuiu para a Reforma.
IDADE MÉDIA
(Séc. 5º ao 16º)
Prevaleceu o Sistema de Interpretação Difundido por Alexandria. Antecipou os princípios histórico-gramaticais dos Reformadores
n João Cassiano (435 AD) – Quadriga:
Histórico ou literal – o sentido óbvio do texto
Alegórico ou cristológico – sentido mais profundo. Aponta para Cristo
Tropológico ou moral – conduta do cristão
Anagógico ou escatológico – o que o cristão devia esperar
n As Escrituras possuem diversos sentidos
Bernardo de Claraval
Nicolau de Lira
Boaventura
O MÉTODO DE CALVINO
A Hermenêutica de Lutero
Entre a hermenêutica medieval e a obra de Calvino, devemos situar o trabalho e Martinho Lutero (1438-1546). Com o afã de viver de acordo com o modelo de Agostinho (354-430), Com a Reforma a Bíblia toma o lugar que antes pertencera a hierarquia Católico Romana. Lutero não se viu livre da alegoria. Seu trabalho, contudo, trouxe inestimáveis contribuições à igreja cristã.
Calvino e seu uso do método Histórico-Gramatical
n Calvino faz um uso mais desenvolvido do método histórico-gramatical. Ele tenta levá-lo às últimas conseqüências e manter uma coerência metodológica ao analisar textos do Novo e do Antigo Testamento. Por estas razões não é exagero dizer que ele foi o maior pensador de seus dias e o grande exegeta da Reforma.
n Princípios da Hermenêutica de Calvino
1. Renúncia à alegorese e enfática denúncia da mesma como sendo uma arma de deturpação do sentido da Escritura
2. Ênfase no sentido literal do texto
Calvino defende que cada texto tem um, e somente um, sentido, que é aquele pretendido pelo autor humano. Ele esclarecia aos seus leitores que há passagens que são nitidamente figurativas e outras simbólicas, estas devem ser interpretadas como demonstra ser a intenção do autor.
3. Dependência da operação do Espírito Santo para a correta interpretação da Bíblia
4. Valorização do estudo das línguas originais para melhor compreensão do ensino sagrado
5. Tipologia equilibrada, evitando impor a textos veterotestamentários simbolismos que eles não suportam
6. A melhor arma para interpretar a Bíblia é a própria Bíblia Este tem sido considerado o princípio áureo da hermenêutica reformada.
OS REFORMADORES: CARACTERÍSTICAS
n Ênfase no Literal
n Iluminação do Espírito Santo
n Estudos das Escrituras – Escritura com Escritura
n Intenção Autoral
n Uso de Outras Fontes
n Linguagem Figurada
n Os reformadores desenvolveram um sistema de interpretação que representou um rompimento radical com a hermenêutica alegórica medieval.
n Rejeição do método alegórico e ênfase no sentido literal, gramático-histórico do texto.
n Uma passagem só tem um sentido, e esse é literal.
n A necessidade da iluminação do Espírito Santo
n O homem é caído – A Escritura é divino-humana
n A necessidade de se estudar às Escrituras
n A Bíblia é um livro humano. Divino quanto a origem. A intenção do autor humano
n Possui passagens obscuras que precisam ser esclarecidas
n Necessidade de uma teologia sistemática
MODERNIDADE
n Racionalismo X Empirismo
Descartes Locke
Spinoza Berkeley
Leibniz Hume
Mesmo sendo teoricamente contrárias entre si, as duas filosofias concordavam que Deus tem de ficar de fora do conhecimento humano
n Impacto do Iluminismo
Rejeição dos Milagres
Distinção entre Fé e História
Erros nas Escrituras
Exegese Controlada Pela Razão
n Surgimento das Metodologias Críticas
Críticas das Fontes
Crítica da Forma
Crítica da Redação
PÓS-MODERNISMO
O Iluminismo e Racionalismo
n O surgimento do Método Histórico-Crítico da Bíblia está associado às mudanças que ocorrem no pensamento humano e, conseqüentemente, na cosmovisão da época.
Iluminismo: Início do Séc. XVIII
n Revolta contra a religião institucionalizada
– Filosofias:
Racionalismo: Descartes, Spinoza e Leibniz
Empirismo: Locke, Berkeley e Hume
Deus: uma hipótese desnecessária
– Teologia: Deísmo: Deus não intervém na história (Início da teologia liberal).
Características:
n Rejeição do sobrenatural e da revelação
n O sobrenatural não invade a história
n História: resultado de causa e efeito
n Os relatos históricos da Bíblia, são construções do povo de Israel e da Igreja Primitiva
n A exegese é controlada pela razão
n - Razão: a medida suprema da verdade
n - Fé + Racionalismo = Método Histórico-Crítico
RESUMO DA HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO
n Na Idade Antiga Alegoria
n Na Idade Média Dogma
n Na Reforma Escritura
n Pós-Reforma Confissões
n Período Moderno Razão
COMPARATIVO ENTRE AS ESCOLAS
Escola de Alexandria | Escola de Antioquia | Pais Latinos | |
Época | Entre os séculos II e IV | Início do século IV | Entre os séculos IV e V |
Surgimento | Baseada na filosofias de Heráclito e Platão, que influenciaram Filo | Fundada por Luciano de Samosata,em oposição consciente ao método alegórico de Alexandria | Pais da Igreja, cujas obras foram escritas em latim |
Tipo de Interpretação proeminente | Alegórica | Literal | Literal, com algumas inconsistências |
Principais características |
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Principaisrepresentantes |
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Conclusões | Diminui o caráter histórico das passagens bíblicas | Enfatiza o caráter histórico das passagens, mantendo-se fiel ao sentido original dos textos | Influenciou a Igreja ocidental, em especial a obra de Agostinho, visto como um precursor das idéias da Reforma |
Implicações Práticas | Ter cautela com o uso de alegorias, ultrapassando o sentido simples, claro e evidente das Escrituras | Ter cautela para evitar o extremo de buscar somente o sentido do texto no passado, sem aplicá-lo ao presente | Evitar que pressupostos pessoais (preconceitos) possam influenciar na interpretação das Escrituras |
PERÍODO | SÉC | ESCOLA | FILOSOFIA | NOMES | CARACTERÍSTICAS | INT E N Ç Ã O A U T O R I A L P R O D U Ç Ã O D O T E X T O | D I A C R O N I A |
II-III | ALEXANDRIA | Platonismo | Clemente de AlexandriaOrígenes | AlegóricaUso do PlatonismoVários níveis de sentido | |||
PÓSAPOSTÓLICO | IV | ANTIOQUIA | Luciano de SamosataDeodoro de TarsoJoão Crisóstomo | Gramático-históricaTheoriaOposição à Alexandria Intenção do autor | |||
IV-V | PAIS LATINOS | Neo-Platonismo | TicônioAgostinhoJerônimo Tertuliano | Interpretação literalPor vezes, alegorizavam o textoExegese dominada pelas questões teológicas | |||
LINHAALEGÓRICA | João CassianoGregório, o Grande | 4 sentidos da EscrituraDesejo de justificar os dogmas da IgrejaAnalogia da fé | |||||
IDADEMÉDIA | VI-XVI | LINHAGRAMÁTICO-HISTÓRICA | Aristotelianismo | Monges de São VictorTomás de Aquino | Surgimento das escolas de teologiaContato com estudiosos judeus (Rashi)Abordagem gramático-histórica | ||
REFORMA | XVI | GRAMÁTICO-HISTÓRICA | CalvinoLutero | Rejeição do método alegóricoGramático-históricoEscritura com Escritura Iluminação do Espírito Santo | |||
PÓSREFORMA | XVII | ESCOLASTICISMO E PURITANISMO | TurretiniJohn OwenRichard Baxter R. Sibbes Th. Goodwin M. Henry | ControvérsiasConfessionalismoSistematização Controle da teologia sobre exegese Cristo como centro das Escrituras Interpretar para aplicar | |||
MODERNO | XVII-XX | HISTÓRICO-CRÍTICAMétodos produzidos: Crítica das Fontes, Forma, Redação, etc. | Racionalismo e Empirismo | KeilStäudlinJ. Eichhorn Strauss Ernesti J. Semler F. Baur H. Günkel R. Bultmann | DiacrônicasRazão como critério e métodos como ferramentaSeparação entre teologia e exegese, os 2 testamentosAbandono da inspiração e inerrância |
PERÍODO | SÉC | ESCOLA | FILOSOFIA | NOMES | CARACTERÍSTICAS | O S E N T I D O E S T Á N O L E I T O R | S I N C R O N I A |
PÓS MODERNO | XX | NOVA CRÍTICA LITERÁRIA | Existencialismo x positivismo | T. S. Elliot | Aspectos literáriosTexto é auto-suficienteIntenção autorial e contexto histórico são irrelevantes | ||
ESTRUTURALIS-MO | F. Saussure | “Lange e Parole”Estrutura lingüística comum a todos os idiomasO sentido está no texto, em sua estrutura | |||||
READER RESPONSEHermenêuticas de Libertação Hermenêuticas Feministas | Filosofia hermenêutica | H-G Gadamer | A verdade é relativaHermenêutica não é método mas epistemologia (filosofia)Fusão de Horizontes Importância dos pressupostos | ||||
DESCONSTRU-CIONISMO | Jacques Derrida | Não há verdade absolutaPluralidade da verdadeSuspeita Achar rupturas no texto para desconstruí-lo |
O AUTOR COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
O significado é aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. É importante verificar o que o autor disse em outro escrito. O que Lucas registrou em seu Evangelho poderá ser mais esclarecedor se comparado com Atos, outro registro de Lucas. Devemos levar em conta os idiomas da época: aramaico, hebraico e grego. Eles possuem um significado que não pode variar. Por outro lado, o texto está limitado ao que o autor disse exatamente? Por exemplo: lemos em Efésios 5.18: “Não vos embriagueis com vinho”. Alguém poderia dizer: “Paulo proíbe que nos embriaguemos com vinho, mas acho que não seria errado embriagar-se com cerveja, rum, ou outra droga”. Os escritos do apóstolo vão além de sua consciência, embora essas implicações não contradigam o significado original, antes fazem parte do texto e seu objetivo. Compreendemos então o mandamento paulino como um princípio, pois mesmo que o autor não esteja ciente das circunstâncias futuras, ele transmitiu exatamente a sua intenção.
O TEXTO COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
Alguns eruditos afirmam que o significado tem autonomia semântica, sendo completamente independente do que o autor quis comunicar quando o escreveu. De acordo com esse ponto de vista, quando um determinado escrito se torna literatura, as regras normais de comunicação não mais se lhe aplicam, transformou-se em texto literário. O que o texto está realmente dizendo sobre o assunto? Analisando o relato em Marcos 4.35-41 Qual é o objetivo do texto? Informar sobre a topografia do mar da Galiléia ou o mal tempo naquela circunstância? Seu objetivo era falar sobre Jesus Cristo, Filho de Deus. O significado que Marcos queria transmitir está claro: “Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (4.41). O autor queria transmitir que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Filho de Deus. Ele é o Senhor e até mesmo a natureza está sujeita a ele!
O LEITOR COMO DETERMINANTE DO SIGNIFICADO
Segundo essa perspectiva, o que determina o significado é o que o leitor compreende do texto. O leitor atualiza a interpretação do texto. Leitores distintos encontram diferentes significados, isso porque o texto lhes concede permitir essa multiplicidade. É relevante o que pensa o leitor? Isto poderia influenciar o sentido do texto? Se compreendermos que há diferença de interpretação entre um leitor crente e outro que é ateu, a resposta é sim! Contudo, é necessário que o leitor esteja em condições de entender o texto. Ao verificar como as palavras são usadas nas frase, como as orações são empregadas nos parágrafos, como os parágrafos se adequam aos capítulos e como os capítulos são estruturados no texto, o leitor procurará compreender a intenção do autor. O texto, em sua íntegra, ajudará o leitor a compreender cada palavra individualmente. Assim sendo, as palavras, ou conjunto de palavras, ajudam a compreender o todo.
O PROCEDIMENTO EXEGÉTICO ERRADO
n O procedimento errado.
Ler o que muitos comentários dizem com sendo o significado da passagem e então aceitar a interpretação que mais lhe agrade.
Este procedimento é errado pelas seguintes razões:
a) encoraja o intérprete a procurar interpretação que favorece a sua preconcepção;
b) forma o hábito de simplesmente tentar lembrar-se das interpretações oferecidas. Isto para o iniciante, freqüentemente resulta em confusão e ressentimento mental a respeito de toda a tarefa da exegese.
Isto não é exegese, é outra forma de decoreba e é muito desinteressante e perigoso. Os comentaristas não são infalíveis.
O péssimo resultado e mais sério do “procedimento errado” na exegese é que próprio interprete não pensa por si mesmo. As convicções que você mesmo buscou e absorveu ficam pra vida toda.
CINCO REGRAS CONCISAS
n interpretar lexicamente. É conhecer a etimologia das palavras, o desenvolvimento histórico de seu significado e o seu uso no documento sob consideração.
n interpretar sintaticamente: o interprete deve conhecer os princípios gramaticais da língua na qual o documento está escrito, para primeiro, ser interpretado como foi escrito.
n interpretar contextualmente. Deve ser mantido em mente a inclinação do pensamento de todo o documento. Então pode notar-se a “cor do pensamento”,que cerca a passagem que está sendo estudada.
n interpretar historicamente: o interprete deve descobrir as circunstâncias para um determinado escrito vir à existência.
n interpretar de acordo com a analogia da Escritura. A Bíblia é sua própria intérprete. diz o princípio hermenêutico.
APRENDA A EXAMINAR O CONTEXTO
n Contexto Imediato
A. Leia a passagem em pelo menos 3 traduções diferentes.
B. O que precede e se segue imediatamente à passagem?
C. Há algumas definições fornecidas pelo contexto imediato?
D. Qual é o argumento principal do capítulo inteiro?
E. Qual é o ponto principal da própria passagem?
F. Qual é o entendimento consistente da passagem no contexto?
n Contexto Amplo
A. A minha interpretação faz essa passagem contradizer com
1. o próprio autor?
2. outras passagens bíblicas?
3. com o bom senso?
B. Quais outras passagens na Escritura lançam luz sobre os assuntos levantados nessa passagem?
ALGUMAS PERGUNTAS IMPORTANTES:
1. Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada?
2. O que a passagem diz?
3. Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada?
4. Qual é o contexto imediato?
5. Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro?
6. Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta?
7. Qual é o fundo histórico e cultural?
8. Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem?
9. As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram esta passagem?
10. O que eu posso aprender e aplicar à minha vida?
UM PROCEDIMENTO HERMENÊUTICO DE 6 PASSOS
n 1º Passo: Análise Histórico-Cultural e Contextual
Consideramos o ambiente histórico-cultural do autor para melhor compreendermos suas alusões e objetivos.
n 2º Passo: Análise Léxico-Sintática
Visa compreendermos a definição das palavras (lexicologia) e sua relação com as outras (sintaxe) para que entendamos melhor o sentido texto. Neste momento é fundamental um bom conhecimento de português e, se possível, de grego e hebraico.
n 3º Passo: Análise Teológica
Consideramos o nível de conhecimento teológico do público alvo na época em que o texto foi escrito, levando em conta os textos correlatos para seus primeiros destinatários.
n 4º Passo: Análise Literária
Identifica a forma ou método literário utilizado numa passagem em particular (metáforas, antropomorfismos etc.) visando uma interpretação mais adequada.
n 5º Passo: Comparação com Outros Intérpretes
Comparar o produto dos quatro passos acima com trabalhos de outros intérpretes sobre do mesmo texto.
n 6º Passo: Aplicação
Traduzir o significado original do texto, obtido pelos 5 passos acima, para a nossa própria época e cultura.
10 PROPÓSITOS DAS CITAÇÕES DO A. T.
- Mostrar como certos eventos cumpriram predições do A.T. (Ex: Mt 21.4 e Zc 9.9).
- Para apoiar uma verdade expressada no N.T. (Rm 1.17 e Hc 2.4).
- Para aplicar um acontecimento do A.T. a Cristo (Mt 2.15 e Os 11.1).
- Para mostrar um paralelo com algum acontecimento do A.T. (Ro 8.36 e Sl 44.22).
- Para utilizar as mesmas palavras que o A.T. (Mt 27.46 e Sl 22.1).
- Para aplicar um princípio do A.T. a uma situação do N.T. (Ro 9.15 e Ex 33.19).
- Para apoiar uma verdade expressada no N.T. (Mc 10: e Gn 2.24).
- Para explicar mais plenamente uma verdade do A.T. (Mt 22.43-44 e Sl 110.1).
- Para mostrar que um acontecimento do N.T. está de acordo com um princípio do A.T. (At 15.16-17 e Amós 9.11-12).
- Para esclarecer um princípio ou uma verdade do N.T. (Ro 10.16 e Is 53.1).
ANÁLISE LÉXICO-SINTÁTICA
a) Determinar a forma literária geral
n Sentido Literal: Coroa de ouro na cabeça do rei
n Sentido Figurativo: Não me chame de coroa pois eu sou muito novo.
n Sentido Simbólico: “vi uma coroa de 7 pontas que eram 7 nações”.
b) Observar as divisões naturais do texto
n Divisões em versículos e capítulos (úteis na localização de passagens) dividem o texto de modo antinatural.
n Algumas versões mantêm a numeração, mas organizam o texto em parágrafos. Atos 8:1 depende completamente de Atos 7:60.
c) Observar os conectivos dentro de parágrafos e sentenças
d) Determinar o sentido das palavras (Ex: carne)
e) Como determinar o sentido das palavras?
n Entender os estilos diversos. Determinar se a palavra está sendo utilizada como parte de uma figura de linguagem ou não.
n Estudar passagens paralelas.
ANÁLISE HISTÓRICO-CULTURAL E CONTEXTUAL
a) Determinar o contexto histórico-cultural geral
• Situação política, econômica e social;
• Costumes relacionados ao texto em questão;
• Nível de comprometimento espiritual do “público alvo”.
b) Contexto histórico-cultural específico e objetivos de um livro
• Quem foi o autor? Qual era seu ambiente e sua experiência espiritual?
• Para quem estava escrevendo? (crentes fiéis, crentes em pecado, incrédulos, apóstatas, etc.)
• Qual foi a finalidade (intenção) do autor ao escrever este livro?
c) Desenvolver uma compreensão do contexto imediato
• Entender como o livro é organizado (montar um esboço por assunto);
• Saber contextualizar a passagem em análise na argumentação corrente o autor;
• Saber identificar a perspectiva do autor:
i. Numenológica: Perspectiva Divina, absoluta (geralmente relacionadas a questões morais);
ii. Fenomenológica: Perspectiva humana, relativa (relacionadas a questões naturais, físicas).
d) Distinguir passagens descritivas de prescritivas
• A ação de Deus numa passagem narrativa nem sempre significa que Deus sempre opera deste modo com os crentes.
• Ações humanas descritas na Bíblia, se não forem claramente aprovadas por Deus, devem ser avaliadas. A Bíblia também registra os erros dos homens de Deus.
e) Distinguir o núcleo de ensino de uma passagem de detalhes incidentais
Ex: Uma vez que o filho pródigo voltou para o Pai sem a necessidade de um mediador, então alguém poderia concluir que Jesus não é essencial para a salvação.
f) Definir a quem se destina cada promessa, sentença, ordenança, etc.
REGRAS GERAIS DE INTERPRETAÇÃO
As regras de interpretação se dividem em quatro categorias: gerais, gramaticais, históricas e teológicas. É necessário que o estudante da bíblia se familiarize com essas regras básicas de interpretação.
- 1. Princípios gerais de interpretação
- Regra 1: Trabalhe partindo da pressuposição de que a Bíblia tem autoridade.
- Regra 2: A Bíblia é seu intérprete; a Escritura explica melhor a Escritura.
- Regra 3: A fé salvadora e o Espírito Santo são-nos necessários para compreendermos e interpretarmos bem as Escrituras.
- Regra 4: Interprete a experiência pessoal à luz da escritura, e não a Escritura à luz da experiência pessoal.
- Regra 5: Os exemplos bíblicos só têm autoridade quando amparados por uma ordem.
- Regra 6: O propósito primário da Bíblia é mudar as nossas vidas, não aumentar o nosso conhecimento.
- Regra 7: Cada cristão tem o direito e a responsabilidade de investigar e interpretar pessoalmente a Palavra de Deus.
- Regra 8: A história da Igreja é importante, mas não decisiva na interpretação da Escritura.
- Regra 9: As promessas de Deus na Bíblia toda estão disponíveis ao Espírito Santo a favor dos crentes de todas as gerações.
- 2. Princípios gramaticais de interpretação
- Regra 10: A Escritura tem somente um sentido, e deve ser tomada literalmente.
- Regra 11: Interprete as palavras no sentido que tinham no tempo do autor.
- Regra 12: Interprete a palavra em relação à sua sentença e ao seu contexto.
- Regra 13: Interprete a passagem em harmonia com o seu contexto.
- Regra 14: Quando um objeto inanimado é usado para descrever um ser vivo, a proposição pode ser considerada figurada.
- Regra 15: Quando uma expressão não caracteriza a coisa descrita, a proposição pode ser considerada figurada.
- Regra 16: As principais partes e figuras de uma parábola representam certas realidades. Considere somente essas principais partes e figuras quando estiver tirando conclusões.
- Regra 17: Interprete as palavras dos profetas no seu sentido comum, literal e histórico, a não ser que o contexto ou a maneira como se cumpriram indiquem claramente que têm sentido simbólico. O cumprimento delas pode ser por etapas, cada cumprimento sendo uma garantia daquilo que há de seguir-se.
- 3. Princípios históricos de interpretação
- Regra 18: desde que a Escritura originou-se num contexto histórico, só pode ser compreendida à luz da história bíblica.
- Regra 19: Embora a revelação de Deus nas Escrituras seja progressiva, tanto o V.T. como o N.T. são partes essenciais desta revelação e formam uma unidade.
- Regra 20: Os fatos ou acontecimentos históricos se tornam símbolos de verdades espirituais, somente se as Escrituras assim os designarem.
- 4. Princípios teológicos de interpretação
- Regra 21: Você precisa compreender gramaticalmente a Bíblia, antes de compreende-la teologicamente.
- Regra 22: Uma doutrina não pode ser considerada bíblica, a não ser que resuma e inclua tudo o que Escritura diz sobre ela.
- Regra 23: Quando parecer que duas doutrinas ensinadas na Bíblia são contraditórias, aceite ambas como escriturísticas, crendo confiantemente que elas se explicarão dentro de uma unidade mais elevada.
- Regra 24: Um ensinamento simplesmente implícito na Escritura pode ser considerado bíblico quando uma comparação de passagens correlatas o apóia.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
FEE, Gordon D. e STUART, Douglas. Entendes o Que Lês? São Paulo: Editora Vida Nova, 1982.
GEISLER, Norman. e HOWE, Thomas. Manual Popular de Dúvidas Enigmas e “Contradições” da Bíblia. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2001.
LOPES, Augustus Nicodemus. A Bíblia e Seus Intérpretes. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
VANHOOZER, Kevin. Há um Significado Neste Texto? São Paulo: Editora Vida, 2005.
VIRKLER, Henry. Hermenêutica Avançada: Princípios e Processos de Interpretação Bíblica. São Paulo: Editora Vida, 2001.
CURSO DE EXEGESE E HERMENÊUTICA
Pr. Antonio P. da C. Júnior – 2006 / juniorapologista@yahoo.com.br
NÃO PERCA SEU PRECIOSO TEMPO
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Igreja que prega libertação para homossexuais deve ser punida, diz Jean Wyllys
O atuante ativista gay no Congresso Nacional afirmou que, por enquanto, os religiosos “são livres para dizerem no púlpito de suas igrejas que a homossexualidade é pecado”. Mas o problema surge, segundo ele, quando os religiosos usam os meios públicos como internet, rádio e TV para dizerem que a homossexualidade é pecado ou perversão, que para ele é “demonizar e desumanizar uma comunidade inteira, como é a comunidade homossexual”.
Na entrevista, Wyllys disse que um PLC 122 que só pune lesão corporal ou assassinato é inútil, pois o Código Penal já pune esses crimes. O PLC 122, segundo ele, deveria punir “expressões da homofobia, como a injúria”. Se um homossexual, por exemplo, se sente injuriado com informações escritas ou orais que descrevem os atos homossexuais como pecado, ele poderia acionar a polícia contra o autor das informações.
Por outro lado, pais e mães que se sentem injuriados com informações, cenas e aulas que expõem seus filhos à atividade homossexual como normal não contam com nenhuma lei de proteção, pois ao abrirem a boca para protestar contra a exposição gay eles podem sofrer represálias politicamente corretas. O clima governamental e midiático é tão violentamente pró-homossexualismo que os adultos sentem medo de expressar que eles mesmos se sentem injuriados com a carga de cenas e informações homossexuais que lhes são impostas de todos os lados.
A entrevista ainda diz:
Folha/UOL: No relatório da senadora Marta Suplicy é tratado o caso de cultos religiosos. E há uma certa leniência em relação ao que acontece dentro de templos religiosos. Como ficou essa parte e o que o sr. acha dessa abordagem.
Jean Wyllys: Eu acho que as religiões, elas têm liberdade para propagar da maneira que elas melhor escolheram, definiram, os seus valores. A sua concepção de vida boa. Isso é uma coisa garantida na Constituição e que a gente tem que defender. As religiões são livres para isso. E os pastores são livres para dizer no púlpito de suas igrejas que a homossexualidade é pecado, já que eles assim o entendem. Entretanto, eu não acho que os pastores que estão ali explorando uma concessão pública de rádio e TV tenham que aproveitar esses espaços para demonizar e desumanizar uma comunidade inteira, como é a comunidade homossexual.
Folha/UOL: Como tratar isso?
Jean Wyllys: Isso é uma injúria. É uma injúria contra um coletivo. E essa injúria motivada pela homofobia, ou seja, a promoção da desqualificação pública da homossexualidade e da dignidade, e ferindo a dignidade dos homossexuais, ela tem que ser enfrentada.
Wyllys não está incomodado com a grande mídia, que é descaradamente pró-homossexualismo. O incômodo dele está direcionado às poucas rádios, TVs e sites que pertencem às igrejas e pregam o que ele define como “injúria”.
Assim, enquanto que de um lado a população nada faz contra a exaltação do homossexualismo nos grandes meios de comunicação que sobrevivem às custas de patrocínio e verbas governamentais, a minoria gay, com ampla ajuda do Estado, quer suprimir, silenciar e até prender a maioria que quer liberdade para denunciar o pecado homossexual a partir de seus pequenos meios de comunicação.
Se o deputado-ativista gay conseguir o que quer, a única opinião permitida nas escolas, TV, rádio e internet será a glorificação do homossexualismo, expondo as crianças a um onipresente “kit gay” midiático, onde meninos e meninas aprenderão que homossexualismo é só bom e nada mais — sem jamais terem acesso a informações científicas, médicas, filosóficas e bíblicas.
Os homossexuais, sejam ativistas ou não, não podem alegar que a maciça doutrinação homossexual que eles querem para as crianças nas escolas, TV, rádio e internet tem como objetivo educar seus próprios filhos, pois o homossexualismo não gera filhos. Gera apenas doenças.
Como disse Luiz Mott, líder máximo do movimento homossexual do Brasil:
“Eu costumo falar: Nós precisamos de vocês, heterossexuais. Nós amamos vocês, para que reproduzam filhos que se tornem homossexuais: novos gays e novas lésbicas”.
A declaração de Mott se encontra registrada neste vídeo:
Sobre nós, pais e mães, fica, na visão de Jean Wyllys e Luiz Mott, a missão de ter filhos. Aos ativistas gays fica a missão de doutrinar nossos filhos no homossexualismo, para que se tornem os novos gays e as novas lésbicas que o movimento homossexual precisa.
Fonte: www.juliosevero.com
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