terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Uma análise do Natal. O verdadeiro Natal bíblico-cristão
É Natal, uma das datas mais esperadas em todo o planeta. A noite do dia 24 e o dia 25 de dezembro são celebrados com muita alegria, troca de presentes, mensagens com palavras lindas, confraternizações, festas (com bebidas e comidas a vontade), etc.
Mas afinal de contas, o que deu vida ao Natal? Nos cansamos em ver papais noéis pra todos os gostos, enfeites mui belos, árvores exuberantes, mas, e o dono da festa? Onde está ele? Onde está o seu nome? Onde está uma reunião verdadeiramente voltada para o aniversariante?
O Natal é para celebrar o evento mais belo da história até então, o nascimento de um divino menino, Filho do Deus Altíssimo, Jesus Cristo! Ele é a essência do Natal! Ele é o aniversariante! Ele é que merece o destaque, e não um papai Noel pagão e de origem mercantilista que não tem nada a ver com a história!
Irei neste tratado abordar algumas questões referentes a esta data, dentre elas a origem da data 25 de dezembro, o “papai Noel”, as árvores de Natal, os presépios e outros pormenores, para enfim podermos chegar a uma conclusão cativa a doutrina bíblica e a um coerente passado histórico.
Termo e a data do Natal
Natal, termo proveniente do latim “natális”, derivada do verbo“nascor, nascéris, natus sum, nasci”, significando nascer, ser posto no mundo. Pode significar também, como adjetivo, o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. A palavra conhecidíssima que designa o Natal em inglês (Christmas), de origem católica, deriva das palavras latinas “Cristes maesse”, significando em inglês “Christ's Mass”, ou seja, missa de Cristo.
O Natal é celebrado desde o século IV pela Igreja Ocidenteal, e desde o século V pela Igreja Oriental. Na análise histórica acha-se a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C., sendo que na parte Oriental do Império Romano comemorava-se o nascimento de Cristo em 7 de janeiro (que veio a ser a data de comemoração adotada pela Igreja Ortodoxa). Vários papas haviam oficializado a data de 25 de dezembro, mas historicamente o que teve mais força em seu edito foi o Papa Leão I em 440, por ocasião do Concílio de Constantinopla.
É bem verdade que a data 25 de dezembro deriva de festividades pagãs, isso é um fato histórico irrefutável. Com a conversão do Império Romano ao Cristianismo em 313, na figura do Imperador Constantino, a Igreja passou por uma dura mudança e paganização, absorvendo diversos costumes e adaptando muitas festas e ídolos a fé cristã. No pacote destas adaptações veio também a adoção da data 25 de dezembro para o nascimento/aniversário de Cristo, para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), em comemoração ao solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro e era um período conhecido pela alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era também a data em que se comemorava o nascimento do misterioso deus persa Mitra, o “Sol da Virtude”; comemoração regrada com orgias e embriaguez.
Realmente o nascimento de Cristo não se deu no mês de dezembro do nosso atual calendário. O nono mês judaico, o de Quisleu, que corresponde aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano, era um mês tipicamente frio e chuvoso. O mês seguinte é Tevet, em que ocorrem as temperaturas mais baixas do ano, com nevadas ocasionais nos planaltos. Esta verdade é confirmada pelos profetas Esdras e Jeremias, que afirmavam não ser possível ficar de pé do lado de fora devido ao frio desta época: “Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas. Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora” Esdras 10:9,13a e “Ora, o rei estava assentado na casa de inverno, pelo nono mês; e diante dele estava um braseiro aceso” Jeremias 36:22. Portanto, com esses fatos evidenciados acima, seria impossível que a passagem de Lucas 2:8, que fala de “pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” seja uma cena que se passasse durante o mês de dezembro do nosso calendário. Destaque-se ainda que Jesus foi morto com aproximadamente trinta e três anos e meio e entre 22 de março e 25 de abril, ficando assim incompatível a data de seu nascimento para o mês de dezembro, principalmente para o seu final.
Agora vem a pergunta: é pecado se comemorar o nascimento de Cristo no dia 25 de dezembro? A resposta é claro que é uma NÃO! Partindo da verdade de que a real data do nascimento de Cristo não é conhecida e de que nunca será possível estabelecê-la com precisão, devido à falta de registros históricos para tal, qualquer outra data é aceita como celebração, pois afinal de contas não é a data em si que conta, mas o seu real significado. A Bíblia simplesmente não proíbe a comemoração do nascimento de Cristo. Pecado era a comemoração a um ídolo morto, a um “deus sol invencível” sem vida e que nunca existiu. Mitra passou, seu nome fora apagado, no dia 25 de dezembro seu nome nem é lembrado pela humanidade, muito menos pelos cristãos, mas o nome de Jesus sobreviveu, venceu ao nome de Mitra, mostrando que Ele (Jesus) é que é o verdadeiro DEUS Invencível! Jesus foi real, foi tocado (1 Jo 1:1-3). Além do mais temos que nos lembrar que o ídolo é morto (Salmo 115), é um nada (1 Co 8:4), portanto não tem poder para fazer o bem nem para fazer o mal (Jr 10:5). Temer comemorar o Natal de Cristo no dia 25 de dezembro é o mesmo que estar dando poder para os ídolos.
“Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” Ml 4:2.
“Eu, Jesus, <...>, sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” Ap 22:16.
Portanto, se a data tradicionalmente recaiu no dia 25 de dezembro, aonde todo o mundo cristão se volta para comemorar o nascimento de Cristo, e não há base bíblica para não se relembrar o nascimento de Cristo, não é pecado comemorar o nascimento do Salvador do mundo e o amor de Deus para com o homem.
Leve-se em conta ainda o fato do próprio Deus ter instituído festas e celebrações para os judeus por fatos históricos e bênçãos recebidas de sua Mão (ver Êx 23:14-19), como as festas da Páscoa, Pentecoste e dos Tabernáculos, além da festa dos pães asmos e a da colheita das primícias; festas estas que ocupavam 76 dias do ano dos israelitas, aonde os mesmos tinham que deixar seus trabalhos e dedicarem-se exclusivamente ao culto a Deus. Logo se deduz não ser nenhum pecado celebrar o nascimento de Cristo, que diga-se de passagem é um fato muito mais importante do que os que Israel comemorava.
O papai Noel
Mas afinal de contas, o que deu vida ao Natal? Nos cansamos em ver papais noéis pra todos os gostos, enfeites mui belos, árvores exuberantes, mas, e o dono da festa? Onde está ele? Onde está o seu nome? Onde está uma reunião verdadeiramente voltada para o aniversariante?
O Natal é para celebrar o evento mais belo da história até então, o nascimento de um divino menino, Filho do Deus Altíssimo, Jesus Cristo! Ele é a essência do Natal! Ele é o aniversariante! Ele é que merece o destaque, e não um papai Noel pagão e de origem mercantilista que não tem nada a ver com a história!
Irei neste tratado abordar algumas questões referentes a esta data, dentre elas a origem da data 25 de dezembro, o “papai Noel”, as árvores de Natal, os presépios e outros pormenores, para enfim podermos chegar a uma conclusão cativa a doutrina bíblica e a um coerente passado histórico.
Termo e a data do Natal
Natal, termo proveniente do latim “natális”, derivada do verbo“nascor, nascéris, natus sum, nasci”, significando nascer, ser posto no mundo. Pode significar também, como adjetivo, o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. A palavra conhecidíssima que designa o Natal em inglês (Christmas), de origem católica, deriva das palavras latinas “Cristes maesse”, significando em inglês “Christ's Mass”, ou seja, missa de Cristo.
O Natal é celebrado desde o século IV pela Igreja Ocidenteal, e desde o século V pela Igreja Oriental. Na análise histórica acha-se a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C., sendo que na parte Oriental do Império Romano comemorava-se o nascimento de Cristo em 7 de janeiro (que veio a ser a data de comemoração adotada pela Igreja Ortodoxa). Vários papas haviam oficializado a data de 25 de dezembro, mas historicamente o que teve mais força em seu edito foi o Papa Leão I em 440, por ocasião do Concílio de Constantinopla.
É bem verdade que a data 25 de dezembro deriva de festividades pagãs, isso é um fato histórico irrefutável. Com a conversão do Império Romano ao Cristianismo em 313, na figura do Imperador Constantino, a Igreja passou por uma dura mudança e paganização, absorvendo diversos costumes e adaptando muitas festas e ídolos a fé cristã. No pacote destas adaptações veio também a adoção da data 25 de dezembro para o nascimento/aniversário de Cristo, para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), em comemoração ao solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro e era um período conhecido pela alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era também a data em que se comemorava o nascimento do misterioso deus persa Mitra, o “Sol da Virtude”; comemoração regrada com orgias e embriaguez.
Realmente o nascimento de Cristo não se deu no mês de dezembro do nosso atual calendário. O nono mês judaico, o de Quisleu, que corresponde aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano, era um mês tipicamente frio e chuvoso. O mês seguinte é Tevet, em que ocorrem as temperaturas mais baixas do ano, com nevadas ocasionais nos planaltos. Esta verdade é confirmada pelos profetas Esdras e Jeremias, que afirmavam não ser possível ficar de pé do lado de fora devido ao frio desta época: “Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas. Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora” Esdras 10:9,13a e “Ora, o rei estava assentado na casa de inverno, pelo nono mês; e diante dele estava um braseiro aceso” Jeremias 36:22. Portanto, com esses fatos evidenciados acima, seria impossível que a passagem de Lucas 2:8, que fala de “pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” seja uma cena que se passasse durante o mês de dezembro do nosso calendário. Destaque-se ainda que Jesus foi morto com aproximadamente trinta e três anos e meio e entre 22 de março e 25 de abril, ficando assim incompatível a data de seu nascimento para o mês de dezembro, principalmente para o seu final.
Agora vem a pergunta: é pecado se comemorar o nascimento de Cristo no dia 25 de dezembro? A resposta é claro que é uma NÃO! Partindo da verdade de que a real data do nascimento de Cristo não é conhecida e de que nunca será possível estabelecê-la com precisão, devido à falta de registros históricos para tal, qualquer outra data é aceita como celebração, pois afinal de contas não é a data em si que conta, mas o seu real significado. A Bíblia simplesmente não proíbe a comemoração do nascimento de Cristo. Pecado era a comemoração a um ídolo morto, a um “deus sol invencível” sem vida e que nunca existiu. Mitra passou, seu nome fora apagado, no dia 25 de dezembro seu nome nem é lembrado pela humanidade, muito menos pelos cristãos, mas o nome de Jesus sobreviveu, venceu ao nome de Mitra, mostrando que Ele (Jesus) é que é o verdadeiro DEUS Invencível! Jesus foi real, foi tocado (1 Jo 1:1-3). Além do mais temos que nos lembrar que o ídolo é morto (Salmo 115), é um nada (1 Co 8:4), portanto não tem poder para fazer o bem nem para fazer o mal (Jr 10:5). Temer comemorar o Natal de Cristo no dia 25 de dezembro é o mesmo que estar dando poder para os ídolos.
“Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” Ml 4:2.
“Eu, Jesus, <...>, sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” Ap 22:16.
Portanto, se a data tradicionalmente recaiu no dia 25 de dezembro, aonde todo o mundo cristão se volta para comemorar o nascimento de Cristo, e não há base bíblica para não se relembrar o nascimento de Cristo, não é pecado comemorar o nascimento do Salvador do mundo e o amor de Deus para com o homem.
Leve-se em conta ainda o fato do próprio Deus ter instituído festas e celebrações para os judeus por fatos históricos e bênçãos recebidas de sua Mão (ver Êx 23:14-19), como as festas da Páscoa, Pentecoste e dos Tabernáculos, além da festa dos pães asmos e a da colheita das primícias; festas estas que ocupavam 76 dias do ano dos israelitas, aonde os mesmos tinham que deixar seus trabalhos e dedicarem-se exclusivamente ao culto a Deus. Logo se deduz não ser nenhum pecado celebrar o nascimento de Cristo, que diga-se de passagem é um fato muito mais importante do que os que Israel comemorava.
O papai Noel
Aqui abordamos um ponto em que os cristãos (protestantes) verdadeiramente contrariam a prática dos católicos e do resto do mundo. O papai Noel não passa de um mito, uma figura pagã divinizada, que toma o lugar de Cristo e que passa a ser o alvo das atenções no Natal.
Antes de nos aprofundarmos mais um pouco cabe uma breve história desse personagem. A inspiração com certeza partiu de São Nicolau Taumaturgo (281-350), Arcebispo de Myra, província de Lícia, aonde hoje se situa a Síria. Ele aparentemente assistia ao Concílio de Nicéia em 325. Nos Estados Unidos ele é conhecido por Santa Claus. Reza a tradição histórica que após herdar uma fortuna considerável de seus pais, Nicolau a doou toda, optando pela vida religiosa, tendo sempre como característica uma singular bondade e atenção para com as crianças. Ainda na Idade Média fora declarado santo pela Igreja Católica Romana, aonde o nome de São Nicolau se popularizou, acabando por se tornar o padroeiro da Rússia e da Grécia (países de maioria Ortodoxa). No mais, o certo é que pouco se sabe a respeito de Nicolau, e que verdadeiramente ele não teve nenhuma contribuição para que o papai Noel fosse quem é hoje.
O papai Noel como o conhecemos hoje não passa de um personagem mitológico. As renas puxando o trenó que voa e a entrada pela chaminé foram tradições criadas pelo professor de literatura grega de Nova Iorque, Clemente Clark Moore, que lançou em 1822 o poema “Uma visita de São Nicolau”, escrito para seus seis filhos. O papai Noel gordo, de barba branca, vestido de vermelho com detalhes brancos, cinto preto e o gorro, é resultado original do cartunista cativo nos Estados Unidos, Thomas Nast, aonde em 1862 realizou a primeira ilustração do papai Noel como o conhecemos hoje, alcançando o auge na Revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. A partir daí a figura do papai Noel caiu nos braços do marketing em diversos setores, mas é inegável que quem popularizou mundialmente a figura do Noel como a conhecemos hoje foi a Coca-Cola, quando em 1931 a multinacional encomendou ao artista Habdon Sundblom uma remodelação do Santa Claus de Thomas Nast para torná-lo ainda mais chamativo e popular. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu e se consumou, de uma propaganda da Coca-Cola, o Papai Noel que a gente conhece hoje. Até então, o Noel era representado costumeiramente no mundo todo vestido com uma roupa de inverno marrom, que era (e que ainda é) a típica roupa para o frio.
O papai Noel, como fora dito no início, não passa de um mito e de uma grande mentira. Dá-se a ele atributos divinos, como a onisciência (de saber todos os pedidos das crianças) e a onipotência (o de realizar todos os pedidos). Ele vem para roubar a atenção de Cristo, ensinar as crianças a serem materialistas, além de poder fazer com que as crianças percam a fé nas palavras de seus pais e em seres sobrenaturais quando vierem a descobrir que ele não passa de uma invenção.
A figura do papai Noel está estritamente ligada ao mercado de consumo, às vendas do final de ano. Não que seja errado se presentear alguém por ocasião do Natal, mas é justamente nessa ocasião em que muitas pessoas se endividam. O que se vê hoje é que a maioria esmagadora das famílias não passa o Natal sem comprar algo para seus familiares ou outrem.
O Natal pode ser perfeitamente celebrado sem a figura do papai Noel! Sem ele o Natal permanece, mas sem Cristo o Natal nem existiria!
O triste é vermos cristãos evangélicos vestindo o gorro do papai Noel com muita alegria, batendo fotos sorridentes ao lado do “bom velhinho”, sinceramente não consigo imaginar como pessoas que dizem ter o conhecimento da verdade se deixam levar por uma fantasia que ataca ensinos bíblicos e sem respaldo histórico. Um crente que age assim está concordando em se celebrar o “Natal do Noel”, ou seja, está concordando com o erro, além de não deixar de ser um participante. Um crente deste com certeza é um “aborrecedor de Deus” (Rm 1:30), e peca não somente por fazer, mas também por consentir com os que fazem (Rm 1:32).
A Árvore de Natal
Aqui tratamos mais uma vez (como fora no caso do papai Noel) de uma tradição um tanto recente no meio cristão. Existem muitas teorias a respeito da origem da árvore de Natal, umas apontando esse símbolo como de origem pagã, enquanto outras a consideram inofensiva aos cristãos.
Alguns mais extremistas e sem sabedoria remetem a origem da Árvore para a Babilônia e o Egito pagãos. É bem verdade que a história tem evidências que povos pagãos da antigüidade usavam árvores para muitos fins idólatras e místicos. Muitos cristãos com aversão ao uso de árvores no Natal vêem em Jr 10:2-4 uma condenação ao uso de árvores; mas se esquecem que Deus falava em relação aos ídolos (verso 11).
A verdade é que a árvore de Natal como a conhecemos hoje se originou indiscutivelmente na Alemanha. A Enciclopédia Britânicaexplica o seguinte: “A moderna árvore de Natal, em hora, se originou na Alemanha Ocidental. O principal esteio de uma peça medieval sobre Adão e Eva, era uma árvore de pinheiro pendurada com maças (Árvore do Paraíso) representando o jardim do Éden. Eles penduravam bolinhos delgados (simbolizando a hóstia, o sinal cristão de redenção); as hóstias eventualmente se transformaram em biscoitos de vários formatos. Velas, também eram com freqüência acrescentadas como símbolo de Cristo. No mesmo quarto, durante as festividades de Natal, estava a pirâmide Natalina, uma construção piramidal feita de madeira com prateleiras para colocar figuras de Natal, decorados com sempre-verdes, velas e uma estrela. Lá pelo 16º século a pirâmide de Natal e a árvore do Paraíso tinham desaparecido, se transformando em árvore de Natal”.
Reza a tradição e registros históricos que no século XVI o reformador Martinho Lutero, ao caminhar pela floresta olhou por entre os pinheiros para um céu muito estrelado, dando a impressão de haver um colar de diamantes enfeitando as árvores. Tomado pela beleza daquela magnífica cena, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Ao chegar colocou entusiasmado o pequeno galho do pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era a cena que ele vira lá fora e acabara de representar em sua casa. Queria com isso o reformador demonstrar para as crianças como estaria o céu na noite em que Cristo nasceu. A figura dos presentes em baixo da árvore veio tempos a frente, relacionada com a idéia mercantilista já comentada acima. Foi a partir do século XIX que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século XX, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina
Trata-se de um elemento essencialmente secundário ao Natal. Não faz parte da doutrina bíblica e nem pode ser associado aos ídolos (lembrando que eles não tem poder algum) e ao paganismo, nem a Bíblia dá margens para proibir-se o seu uso no Natal. A Bíblia, na verdade, faz inúmeras menções a árvores, às vezes comparando-nos com árvores (Mt 7:17-19), outras comparando o Reino dos Céus a uma árvore (Mt 13:31,32), além de que iremos comer no céu do fruto da árvore da vida (Ap 2:7 e 22:2,14), mostrando que a árvore é usada como símbolo de coisas boas, afastando todo e qualquer sentido maléfico para com essa criação de Deus. Portanto é uma opção de conveniência de cada um. O que não pode é se dar um valor especial à árvore de Natal, nem relacioná-la diretamente com o nascimento de Cristo, haja vista não haver nenhuma correspondente entre eles. Use-se apenas como enfeite e decoração comemorativa ao nascimento de Jesus, sem misticismo e idolatria alguma, como usamos plantas e rosas para enfeitar nossos lares e ambientes de trabalho, além das próprias igrejas. Lembrando apenas que a verdadeira comemoração e enfeite está dentro de cada um de nós, em nossos corações ligados a Cristo e ao que Ele fez por nós.
Presépios
O presépio (do lat. praesepio) é de origem católica e de uso majoritário pela mesma, salvo algumas exceções evangélicas e a própria igreja ortodoxa. O presépio tem sua origem idealizada a partir das imagens, pinturas e representações teatrais semi-litúrgicas realizadas durante a missa. Fora posto em prática originariamente por São Francisco de Assis, em 1223, quando por ocasião (segundo a tradição católica) quis celebrar o Natal de um modo mais realista possível e, com a permissão do Papa Honório III, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. O sucesso dessa representação franciscana com o Presépio foi tão grande que logo se espalhou por toda a Itália, introduzindo-se nas casas nobres européias e de lá descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX.
O presépio em si é condenável por ser incentivo a idolatria, além de ser usado na igreja católica como próprio objeto de culto. Os presépios retratam em sua maioria o evento do nascimento de Cristo de forma errônea, mostrando os “três” Magos do oriente (que a Bíblia não diz que eram três) adorando ao Jesus recém-nascido ainda na manjedoura, sendo que do relato de Mt 2:1-11 se deduz claramente que Cristo fora encontrado pelos Magos dias após o seu nascimento e não mais num estábulo de animais, e sim em uma casa (verso 11), diferentemente dos pastores que chegaram a ver Jesus no dia do seu nascimento e ainda na manjedoura (cf. Lc 2:16).
Além do mais, devemos seguir o conselho de Deus em Dt 4:16: “Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher”. Também Jr 10:14: “Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento; envergonha-se todo o fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida é mentira, e nelas não há espírito”.
Conclusão
O Natal é uma data importante, pois nela se comemora o nascimento de Cristo, do Salvador da humanidade, da Luz que veio dissipar as trevas. É um fato importante e que teve o cuidado de ser eternizado nas Sagradas Escrituras nos evangelhos de Mateus e Lucas.
Não podemos fazer que nem os Testemunhas de Jeová e muitos cristãos com filosofias e doutrinas modernas que negam comemorar e relembrar o nascimento de Cristo. Já ouvi esse ano mesmo um irmão condenar piamente o Natal; dizia ele: “Feliz Jesus irmão!”, mas não dizia “feliz Natal”, pois pensava ser errado e pagão. Não que dizer “feliz Jesus” seja errado, mas o extremismo infundado em se condenar uma frase tradicional e que milhões de cristãos a dizem, é algo totalmente insano.
Se o Natal hoje é comemorado em sua maioria de forma errada e anti-bíblica, não podemos condená-lo por isso. O nascimento de Cristo não foi paganizado! É uma oportunidade que temos para mostrar o verdadeiro Natal bíblico para milhões de pessoas que não sabem o que estão comemorando e de que estão comemorando de forma errada. Lembremo-nos que João usou o termo “logos” em João 1 para descrever Jesus, justamente para corrigir um mal pensamento em relação as divindades da cultura Greco-romana da época, quem viam no termo “logos” uma divindade inalcançável e que não poderia assumir a forma corporal/humana; João apresentou um Jesus“logos”, que estava no princípio com Deus e que era o próprio Deus, além de ter sido homem como ele. Lembremo-nos ainda de Paulo ao evangelizar os idólatras atenienses com a figura popular entre eles do DEUS DESCONHECIDO. O erro que existe hoje sobre o Natal não o invalida nem o torna impuro.
No demais cabe lembrar que o nascimento de Jesus não é um simples fato, é algo divino, que desafia nossa limitada concepção humana. É muito mais do que um feriado, é Deus provando seu amor para com uma humanidade pecadora e inconstante. É muito mais do que uma festa religiosa, é um passo importantíssimo de um projeto para a redenção de toda a humanidade. É muito mais do que um simples nascimento, é uma jovem simples e virgem recebendo a graça de conceber um filho pelo divino poder do Espírito Santo.
No nascimento de Jesus profecias se cumpriram com exatidão. Miquéias escreveu cerca de 720 anos antes de Cristo que: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” Mq 5:2. Isaías profetizou com cerca de 700 anos de antecedência que uma virgem daria à luz ao Messias: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” Is 7:14. A palavra Emanuel significa ‘Deus conosco’. Deus realmente estaria conosco através de seu Divino Filho Jesus Cristo. Deus passou a habitar entre nós por meio de Jesus!
Muitas outras profecias se cumpriram, demonstrando que Jesus era (e é) o Messias tão esperado por Israel, o Salvador de Toda a Humanidade! “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor”Lucas 2:10,11. O doutor Lucas deixou a incredulidade tão comum dos médicos e nos concedeu um dos mais detalhados registros do nascimento de Jesus! Leiam os primeiros capítulos do Evangelho que leva o seu nome e se maravilhem!
O Natal não é uma oportunidade para se desfrutar dos prazeres da carne, mas é sim para se comemorar e relembrar o nascimento de Cristo; festejar a chegada da Luz que dissipou as trevas e nos trouxe paz; se regozijar com o amor do Todo-Poderoso para com nós; e renovar a bem-aventurada esperança da volta de Jesus, não como um bebê, mas sim como Rei e Juiz! (Tito 2:13). Sabendo que o Apóstolo Paulo escreveu em Rm 14:17: “Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.
Encerro desejando a todos um Feliz Natal CRISTÃO. Que a Graça, Luz e Esperança que o menino Jesus trouxe ao mundo possam reinar na vida de todos! Não somente agora, mas que possa durar por todo o 2008 que se avizinha, e que possa se tornar eterno! Que o Senhor Jesus possa entrar na vida de todos que o queiram receber!
“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” Isaías 9:2,6. Aleluia! Glória a Deus!
Este é o Natal! Este é o Jesus da Bíblia!
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