quarta-feira, 7 de março de 2012

Símbolos satânicos


Pesquisando sobre os símbolos do satanismo (ou símbolos da nova era) percebi que há um número considerável de pessoas tatuando esses símbolos em seus corpos e utlizando jóias e objetos que a primeira vista parecem simplesmente um acessório.

Alguns intencionalmente utilizam para externar um sentimento incutido de rebeldia, outros ingenuamente pensam estar seguindo a moda todavia estão agradando ao deus deste século.

A Bíblia diz através do profeta Oséias que o povo de Deus tem sido destruido por falta de conhecimento. Mas conhecimento de que? Física, matemática, Direito? Nada disso! Está perecendo por falta de conhecimento da Palavra de Deus que nos alerta para muitos assuntos.

Alguma dúvida? Clama a Ele que te responderá!

A raiz do nome Satan vem do hebreu e significa "o inimigo". Ou seja ele representa o espírito vingativo, o não-perdão e a justiça para quem á merece. Possui rudeza e agressividade em cada gesto e idéia e mais cruel dentre seus irmãos representa o sentido da luta é a ação em busca de seu objetivo, não importando as conseqüências, e da meta custe o que custar.

Bandeira: com as cores Símbolo do Satanismo

Templo: Um dos propósitos do Templo é executar rituais Satânicos cerimoniais. Uma vez por mês é celebrada a Missa Negra. O templo é o lugar onde prestam culto e rendem adoração a Satanás.

Manto Negro: são usados pelos participantes masculinos. Os mantos podem ser do tipo de monge ou encapuzado, e se desejado pode cobrir a face. O propósito em cobrir a face e permitir ao participante liberdade para exprimir a emoção na face, sem inquietação. Também diminui distração da parte de um participante em direção a outro. A cor negra é usada abundantemente em todo Ritual Satânico. Ela representa os poderes da escuridão interna de cada ser humano que é, afinal de contas, fonte de toda a magia, mas representa também as trevas da Terra de onde surgiu a vida e os aspectos, assim chamados, negativos da pisque humana, que são geralmente rejeitados mas plenamente aceitos pelos satanistas.

Bíblia Satânica: Obra-prima do Satanismo de LaVey ou Moderno, tendo sido popularizado com o advento da Internet e de organizações que defendendem a autenticidade satânica da filosofia religiosa de Anton Szandor LaVey.

Livro Negro de Satã (ou Livro Negro do Satanismo): Obra-prima do Satanismo tradicional, da tradição sinistra e do sinistro caminho septenário, do sistema septenário. É reconhecido por alguns como a autêntica obra do Satanismo, diferenciando da filosofia religiosa de Anton Szandor LaVey, alguns não o reconhecem como livro satânico, havendo instituições religiosas e satânicas que nem chegam a comentar sobre a existência do livro. Tão abismal as relações teóricas entre o Satanismo tradicional, defendido pela Ordem dos Nove Angulos e Ordo Templis Satanis, com relação á Igreja de Satanás.

Pentagrama: As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significam o homem como deus, no lugar de Deus. É símbolo de adoração a Satanás já estabelecido em várias partes do mundo. Alguns conjuntos musicais de “Rock” adotam este símbolo para garantir sucesso.

Circulo de Fogo: O círculo de fogo representa o espaço consagrado onde são realizados rituais satânicos para invocar todas as forças do mal, sendo utilizadas velas para representar o fogo e também os guardiões.

Cor Preta: O preto transmite a sensação de renúncia, entrega, abandono e introspecção. Sua condição de total ausência de cores a relaciona simbologicamente com a idéia do nada, do vazio. Por isso expressa a concepção abstrata do zero, da negação, do espaço infinito, do não ser, do não. A cor preta significa também o destino e a morte, favorece a auto-análise e permite um aprofundamento do indivíduo no seu processo existencial. No Ocidente, é a cor do luto por expressar melhor a eternidade em seu sentido mais profundo: a não existência.

Serpente: Desde a criação do mundo a serpente é o símbolo do próprio satanás. O Luciferismo usa como base o simbolismo a serpente, presente milenarmente em diversas culturas por isso está presente em todos as religiões antigas como no Egito, Grécia e ciências (símbolo da medicina, contabilidade). Leviathan, a serpente das profundezas do oceano, é vinculado às emoções, que são fundamentais nos rituais satânicos. Depois das tatuagens e piercings a mais nova invenção é o corte na língua para torná-la igual a de uma serpente.

Gato Preto: Na magia ele representa o guardião, o animal que é a ponte para o submundo, daí juntou-se o preto com a escuridão, mitos da morte e associaram o gato preto como o animal da bruxa, o guardião e o elo com o demônio.

Exagrama ou estrela de Davi em circulo: É usada pelo movimento Nova Era como símbolo da unificação da humanidade com as forças cósmicas. A Estrela de Davi representa a igreja de Cristo, mas ela dentro de um circulo representa os cristãos aprisionados por Satanás, ou seja, Satanás como se fosse um ser superior ao próprio Jesus. A Estrela de Davi representa a igreja de Cristo, enquanto o Hexagrama representa o que está no texto acima. A diferença entre o "Hexagrama" e a "Estrela de Davi" é que na Estrela de Davi os triângulos são sobrepostos (um passa em cima - dentro - do outro formando uma só figura), enquanto no hexagrama os triângulos são entrelaçados (dois triângulos diferentes que quando entrelaçados - um independente do outro - formam o hexagrama).

Casal Transpessoal: Símbolo do fim do casamento representado pela letra ômega, última letra do alfabeto grego. Os adeptos do satanismo dizem que o ser humano não se deve ligar oficialmente a nenhuma família, mas deve ficar sempre livre para procurar outros parceiros, oiu seja, um casamento aberto para todo tipo e número de parceiros ou parceiras, bem como, para todas as formas de sexualidade, que resultaránuma “nova” estrutura social familiar na quais os filhos deverão passar a ser membros “itinerantes” de determinadas “famílias”, permanecendo apenas sob os cuidados destas, uma vez que sua paternidade, na maioria das vezes, não poderá ser determinada, em razão do “novo” tipo de vida. Este é o motivo pelo qual o símbolo do “casal transpessoal”, se consiste num homem e numa mulher, ajoelhados, um diante do outro, formando a letra “Ômega” que, sendo a última letra do alfabeto grego, simboliza “fim”, para representar o fim da instituição da família.

Mancha: É uma gota de sangue para escarnecer do sangue redentor de Jesus Cristo.

Fita Entrelaçada ou Nó Celta: Significa que a vida é entrelaçada, continuando em outras encarnações. Também representa o pacto de sangue entre os adeptos da Nova Era, envolvendo pessoas ou organizações.

Círculo com Ponto: Este sinal é a bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de Satanás. O ponto são os homens e sua divinização, instrumentos ao serviço deste reino; o símbolo da energia, que segundo eles, emana para todo o ser.

Cruz com Laço: Representa o desprezo pela virgindade, troca de parceiros conforme a escolha pessoal. O movimento Nova Era ensina que a sexualidade é a parte que purifica o ser humano, eleva o espírito e embeleza o corpo. É a volta ao paganismo antigo, cujos “deuses” promoviam as danças com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, etc.

Pomba com ramo: simboliza a luta pela paz dos aquarianos e a esperança de que as águas de Peixes se seguem dando lugar a Nova Era. Usam figuras Bíblicas para confundir as mentes. Pomba na Bíblia tem o símbolo de pureza, inocência e também simboliza o ESPÍRITO SANTO.

Cruz de "Cruz de São Cipriano" ou cruz de feiticeiro: É usada pelos feiticeiros em suas magias e feitiçarias. É formada por dois pedaços de madeira de cedro sobrepostos em forma de cruz, com uma pinha em cima.

Mão Chifrada: Usado por artistas ligados à música (principalmente rock'n'roll) e seus fãs. Simboliza o louvor em rituais satânicos.Sinal secreto para invocação de demônios. Simbologia muito em voga. Tem sido usado como saudação. Esses símbolos são rapidamente assimilados pelos jovens.Sinal de gatilho para o Controle da Mente, fazendo a vítima assumir a personalidade alternativa. Mão saindo para fora do poço de fogo; os contornos em preto significam que a mão é a do 'maligno' Satanás.

Chifre de mau olhado(dente no cordão): Simbologia usada por diversos povos, e até por famílias que se dizem cristãs. Tem o significado místico de afastar maus-olhados. É usado no pescoço, como pendentes em pulseiras, na sala principal das casas etc. Representado por apenas um chifre. É também um amuleto muito usado em rituais satanicos.

Netuno: Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o “Novo Messias”.

Borboleta: É o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de uma era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.

Cruz Invertida: Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era, é uma ridicularização da cruz de Cristo. É usado também em rituais satânicos. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. Usado na invocação a Satanás e seus demônios com fins cerimoniais e ritualísticos. É tido também como um dos símbolos do "Anticristo" usado por grupos de rock'n'roll e adeptos da Nova Era. Também é o símbolo da Bíblia Satanica, chamada por muitos de Cruz de Pedro.

Chalice Well : Símbolo celta associado aos poderes mágicos, o chalice well representa o poço do Glastonbury, no fundo do qual estaria escondido o Santo Graal - o cálice usado por Cristo na última ceia. É um objeto da tradição celta mais recente, pois remonta o início da Era Cristã e ao período medieval. Usado como talismã, atrai proteção e facilita a comunicação com os seres elementais - fadas, gnomos, ondinas, silfos, salamandras e duendes. Não há uma divindade associada a esse talismã, porque ele se identifica com o cristianismo (incorporado pelos celtas), não tendo, portanto, uma ligação direta com o druidismo nem com a mitologia celta primitiva.

Velas: Como portadores do fogo, as velas remetem ao mito de Prometeus, o humano que ousou roubar a chama dos deuses do Olimpo e trouxe seu poder para a humanidade. Como portadoras da luz, as velas remetem ao mito de Lúcifer, o anjo que se rebelou contra Jeová e preferiu reinar no inferno do que servir no céu. Em ambos os casos estes artefatos são símbolos da rebeldia e do poder humano em buscar o seu próprio caminho rumo a auto-deificação. Como o ritual satânico ocorre freqüentemente na escuridão da noite as velas são e devem ser a única fonte de luz disponível. Uma pequena vela branca deve ser posta a direita do altar: ela representará toda a ideologia de medo e ódio decadente, anti-natural, escravocrata, metafísica, platônica-judaico-cristã que antes dominava a terra, mas que agora está sob controle, confinada em um pequeno espaço do altar de Satã. Somente uma vela branca deve ser usada, mas podem ser usadas tantas velas negras quanto forem necessárias. Pelo menos uma única vela negra é posta no lado esquerdo do altar. Esta deve ser grande e se destacar da vela branca, pois representa a era da carne, da matéria, da força, e da aceitação plena.

Símbolo da Sociedade Teosófica: No alto, a cruz suástica, que simboliza o movimento cósmico; no centro a estrela de David, que representa os processos de involução e evolução; dentro da estrela a cruz com laço, símbolo de perversão sexual, contra a pureza sexual criada por Deus. E, em volta a serpente que representa Satanás. Esta serpente que pica a própria calda chama-se "Ouroboros" ou "Serpente sansara". O círculo simboliza a roda das reencarnações.

SS: Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, crachás, tatuagens, etc. Simboliza o louvor e invocação de Satanás. Logotipo usado pela banda de rock KISS o “SS” chama a atenção pela forma como é desenhado.

Tridente: Espécie de garfo gigante com três pontas, representa a maneira como o diabo segura e fere fortemente suas vítimas, muito usado em rituais de magia negra. Simboliza uma aliança com o poder das trevas. Normalmente está associado a imagem do diabo.

Caveira: Símbolo da morte. Geralmente é usada com uma imagem de um pentagrama por trás, também incorpora atividades sexuais em suas práticas. Existem caveiras de muitos outros tipos, e que inclusive podem ter outros significados. Aquele símbolo antigamente utilizado por piratas e também utilizado para indicar perigo, de uma caveira com dois ossos (tíbias) cruzados, simboliza, entre outras coisas, um demônio, ou uma personificação de Satanás, conhecido como "Exu Caveira".

Raio: É o reconhecimento do poderio de Satanás, senhor, Satã, e a disposição de estar a seu serviço. É também utilizado em marcas de roupas. Este símbolo é utilizado pelo bruxo Harry Potter em sua testa, como uma cicatriz, e na letra "P" da palavra "Potter", e é ainda considerado um símbolo da Besta.

Ankh ou Cruz Egípcia: Representa o desprezo pela virgindade, troca de parceiros conforme a escolha pessoal. O movimento Nova Era ensina que a sexualidade é a parte que purifica o ser humano, eleva o espírito e embeleza o corpo. É a volta ao paganismo antigo, cujos “deuses” promoviam as danças com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, etc.

Dragão: no texto bíblico de apocalípse o dragão é descrito como o diabo, ou seja, a antiga serpente.

Cruz de Nero: É uma cruz de cabeça para baixo, também chamada de “pé-de-galinha”. Simboliza a “verdadeira” paz sem Cristo. O pé-de-galinha é uma cruz com os braços partidos e caídos. O círculo representa o inferno. Na década de 60 foi usada pelos hippies; também foi símbolo de ecologia no mundo, pois representa uma árvore de cabeça para baixo. É, também, usado pelos satanistas. Afirmam que a haste quebrada para baixo representava da derrota do Cristianismo. Foi na idade média que este símbolo passou a ter vínculo com Satanás. O ateu britânico, Bertrand Russell, usou-o como símbolo da Paz no final da década de 50 e os movimento hippies também usaram-no na década de 60. Hoje é usado pelos grupos de rock, heavy metal e black metal.

Cabeça de Bode: É um símbolo de zombaria e escárnio em oposição ao cordeiro de Deus que é Jesus Cristo. O bode é usado em diversos rituais de ocultismo. No Satanismo é um dos símbolos do demônio "Amon".

Cruz Celta: Associada à coragem e ao heroísmo, a cruz celta ajuda a superar obstáculos e a conquistar vitórias graças aos próprios esforços. Atrai reconhecimento, fama e riqueza, mas essas bênçãos só são garantidas para quem trabalha com afinco e dedicação. Por isso, a cruz celta também concede força de vontade e disposição. A divindade relacionada a esse talismã é Lug, o Senhor da Criação na mitologia celta.

Cruz Suástica: Para o movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico. A sua conotação é bastante associada à pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos na Segunda Guerra Mundial. A cruz suástica é inspiração de Chamberlain, um vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as ideias de um reino de terror e poder. A palavra vem do sâncrico svasti “boa fortuna”. Usado desde a antiguidade pelos hindus e budistas para representar felicidade e salvação. É um símbolo do oculto que foi usado na Teosofia desde a época da sua fundadora Helena Petrovana Bbravastky, e pelos satanistas. Foi adoptado por Adolf Hitler, em 1920, como símbolo do nazismo.

Olho de Lúcifer: Simboliza o olho de Satanás vendo tudo e chorando por aqueles que estão fora do seu alcance (judeus e cristãos principalmente). É representado por um olho humano dentro de um triângulo, às vezes com a ponta do triângulo separada do restante. Simboliza o olhar de Satanás sobre as finanças do mundo. Representa para a Maçonaria o olho de Satanás que tudo vê.Este símbolo representa também a Irmandade do Satanismo, onde os poucos escolhidos diretamente por Lucifer ou por seus demônios estão ou já estiveram no topo da pirâmide.Nota: No filme "Zoando na TV" é muito mencionado "o grande olho que tudo vê". Alguma relação? Vale lembrar que Satanás não é onipresente, muito menos onisciente menos ainda, onipotente, apesar de ele querer que acreditemos nisso.

Arco-Íris: O Meio Arco-Íris é um dos símbolos mais usados pela a Nova Era, sendo considerado o seu símbolo principal. Representa a ponte entre a alma humana individual e a “Grande Mente Universal” ou “Alma Universal”, que é Lúcifer. Também é considerado como “Ponte Mental” entre o homem e as energias cósmicas e a cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia Sagrada, o arco-íris é o símbolo da Aliança entre Deus e o Seu povo. Representa também a homosexualidade. 666: O número 666 é conhecido pelos cristãos como o número do anti-cristo, que surgirá na terra para governar o mundo, conforme encontramos em Apocalipse 13:8. Para a Nova Era este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior frequência possível para representar a Nova era.

Anarquia: O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão universal.Marca registrada de Satanás: um círculo traspassado por três traços em diversas direções. O nome diz tudo. Representa a confusão, o caos, a desordem, a rebeldia.Segundo o livro "Filho do Fogo", este símbolo é também o símbolo do "Asmodeo", um dos 4 príncipes de Satanás.Promove a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao novo sistema da Nova Ordem Mundial. Usado inicialmente pelos grupos Punk, actualmente os grupos heavy metal também já aderiram.

Pirâmide: É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos negócios.

Lua e Estrela: Muito comum em roupas, adereços e acessórios decorativos e infantis e também em centros espíritas. Simboliza poder para transportar através do cosmos.

Unicórnio: É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual. O Unicórnio medieval é um símbolo de poder, o que o chifre essencialmente expressa, mas também de luxo e de pureza.

Triskle Celta (Símbolo celta): Associado aos quatro elementos básicos da natureza - a terra, o fogo, o ar e a água - , o triskle celta é o símbolo que sintetiza toda a sabedoria desse povo. Ele representa as três faces da mulher, considerada a expressão máxima da natureza: a anciã, a mãe e a virgem. Usado como talismã, esse objeto atrai as três principais qualidades femininas - ou seja, a intuição, a ternura e a beleza - e ajuda a obter proteção contra todos os males. A divindade relacionada a esse talismã é a própria natureza, cultuada pelos celtas.

Besouro ou Escaravelho: Símbolo que mostra que a pessoa que o usa tem poder e influência dentro do satanismo.Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do Satanismo. Este símbolo pode ser encontrado nas paredes de igrejas de seitas satânicas. No Satanismo também simboliza o demônio "Belzebu". Outro besouro, desenhado com as patas traseiras para traz, talvez com o mesmo significado, é encontrado inclusive no desenho "Aladdin", da "The Walt Disney Company". Com o mesmo significado ou não o besouro da tem relação com o ocultismo e com símbolos egípcios. Percebe-se que este símbolo, do ano de 2001 pra cá, tem sido usado em colares, cordões prateados, como um simples enfeite ou amuleto. Na verdade ele é maléfico e deve ser totalmente evitado. Não sabemos o significado do desenho em si, mas antes era usado apenas por egípcios e satanistas e agora estão tentando torná-lo comum.

Quando o pastor se transforma em político


Bastam as eleições se aproximarem, que se torna absolutamente comum aparecer nos arraiais evangélicos, pastores afirmando que receberam um chamado especial da parte de Deus para se candidatar a algum cargo publico. Entretanto, a história recente do Brasil nos mostra que a chegada de políticos evangélicos a cargos públicos não tem feito diferença na ética política do país, isto porque, o universo político evangélico não constitui, uma referência ética à sociedade brasileira. Basta ver que, nos últimos anos, o envolvimento da maioria dos evangélicos com a política produziu mais males do que benefícios.

Lembro que certa feita enquanto oficializava uma cerimônia fúnebre, um destes “pseudos-politicos-cristãos”, solicitou-me uma pequena oportunidade para que publicamente pudesse demonstrar sua solidariedade à família enlutada, além obviamente de falar de sua candidatura à Câmara Municipal da Cidade. Fato que obviamente não permiti.

Em época de eleição é comum receber a solicitação de inúmeros pastores, os quais em nome de “Deus”, advogam a crença de que o Todo-Poderoso os convocou a uma missão hercúlea, a qual somente eles conseguirão viabilizar. Tais cidadãos fazem uso de chavões e de frases prontas do tipo: "Somos cabeça e não cauda", “ A política brasileira precisa de homens de Deus”, e etc.

Ora, não acredito em messianismos utópicos, nem tampouco em pastores especiais, que trocaram o santo privilégio de ser pregador do evangelho eterno por um cargo público qualquer. Não estou com isso afirmando de que o crente em Jesus não pode jamais concorrer a um cargo público. Tenho convicção de que existem pessoas vocacionadas ao serviço público, as quais devem se dedicar com todo esmero a esta missão. No entanto, acredito que o fator preponderante a candidatura a um cargo qualquer, deve ser motivada pelo desejo de servir o povo e a nação, jamais fazendo do nome de Deus catapulta para sua projeção pessoal. Agora, se mesmo assim o pastor desejar candidatar-se, que deixe o pastorado, que não misture o santo ministério com o serviço público, que não barganhe a fé, nem tampouco confunda as ovelhas de Cristo com o gado marcado para o abate. Que não comercialize aqueles que o Senhor os confiou, nem tampouco se locuplete do nome de Deus a fim de atingir seus planos e objetivos.

Encerro este artigo lembrando do pastor Billy Graham que ao receber o convite para concorrer à presidência da República dos Estados Unidos da América, recusou dizendo: “Por acaso eu trocaria o Santo Ministério da Palavra de Deus por um cargo tão insignificante?”
Pois é cara pálida, ouso afirmar que infelizmente alguns dos nossos pastores ao contrário do Dr. Billy Grahan aceitariam o convite na hora.

Pense nisso!

Fonte: Blog do Pastor Renato Vargens

Quem é Jesus?

Quem é Jesus?

"Jesus", o irmão de Lúcifer
Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).

"Jesus", uma idéia espiritual

O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.
"Jesus ", o arcanjo Miguel
As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.

"Jesus", ainda preso numa cruz

Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.

O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".

"Jesus", o bilionário

Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.
O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas
Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.
O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?
Conclusão
A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.

Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e maravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas. (TBC 2/95 – traduzido por Ebenezer Bittencourt)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Jesus não andava com pecadores !!!


Você já deve ter ouvido diversas vezes que "Jesus andava com os pecadores", não é uma afirmação que se possa dizer totalmente errada, mas é no mínimo imprópria. Outros textos bíblicos como o Salmo 1 nos diz para não andarmos com os pecadores, o próprio Jesus foi censurado pelos fariseus por "estar comendo" [grego] com os pecadores. Estou me contradizendo? Calma, explico:

Quando os fariseus usam o termo "estar comendo" que algumas versões traduzem por "come", queriam insinuar que fazer o que os pecadores fazem era algo comum e recorrente para Jesus, o que era um recurso de retórica hipócrita. O Salmo 1 quer dizer que não devemos exatamente permanecer nesse "estar andando" com os pecadores. 

Como resolver então? Jesus "estava andando com os pecadores"?

A resposta é simples: Jesus andava ENTRE os pecadores. Andar entre significa estar com eles quando estivessem abertos a ouvir a Palavra de Deus. Andar COM seria partilhar de seus pecados continuamente, mas andar entre significa ações pontuais no momento propício à Palavra de Deus.

Isto nos ensina que estamos entre os pecadores para levar a Palavra de Deus, como nos ensinou Jesus. Estamos nesse mundo mas não somos desse mundo, estamos ENTRE os pecadores mas não estamos no mesmo grupo espiritual COM os pecadores.

 E você? Está com ou entre os pecadores?

Quando a Igreja destroi a família



Parece-me que quanto mais absurdas as coisas se tornam, mais adeptos elas ganham. Ninguém desconfia do que é totalmente absurdo! É como se um assaltante que tivesse acabado de assaltar um banco, encontrasse um policial e este lhe perguntasse: O que tem em sua mochila que parece tão pesada? Então o assaltante com um sorriso simpático no rosto responderia ao policial: “Boa tarde policial. Realmente está muito pesada. Aqui estão cinquenta milhões de reais que acabei de assaltar do banco da esquina e o pior é que uma boa parte do dinheiro está em moedas!” Por ser uma situação tão absurda, o policial sorriria, balançando a cabeça, sem ao menos desconfiar que o homem estivesse falando a verdade.

Da mesma forma acontece com as coisas espirituais.

Há algum tempo eu soube que um jovem, amigo meu, recebeu de seu pastor a orientação de manter-se emocionalmente distante dos familiares com a finalidade de não sofrer. Deveria viver sem ter um vínculo muito forte com a família, pois tal vínculo poderia comprometer a qualidade de sua fé. Se assim procedesse, quando os inevitáveis conflitos surgissem, estaria imunizado do sofrimento e do desgaste espiritual gerados por eles.

Para entendermos melhor o assunto, vamos ver resumidamente algumas premissas desta “filosofia de vida” que é defendida por alguns grupos cristãos:
  1. O importante é a pessoa sentir-se bem com Deus. Ela precisa estar em paz. Nada deve gerar conflitos que possam afetar seu estado espiritual. Deve preservar a sua integridade espiritual a qualquer custo e doa a quem doer;
  2. Confrontos com pontos teológicos ou filosofias de vida diferentes de seu credo também podem causar grande prejuízo à sua vida espiritual;
  3. Os conflitos inerentes aos relacionamentos familiares devem ser evitados ao máximo, mesmo que você tenha que desprezar a família (claro que isso é dito de forma mais sociável);
  4. Quanto mais você se afastar do “mundo” e se confinar na igreja, participando de todas as suas atividades e programações, mais forte espiritualmente você será.
Se você também entende que devemos nos manter a uma “distância segura” dos familiares, é provável que esteja pensando nestes textos bíblicos como justificativa:

1. ”Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:26).
2. ”E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna.” (Mateus 19:29);
3. “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.” (Mateus 10:37)

Embora estes textos isolados sejam usados por muitas pessoas para justificar seu descomprometimento com a família em prol da “igreja” ou do “ministério”, se os mesmos forem analisados dentro de seu contexto bíblico veremos que não oferecem nenhum respaldo ao “abandono” da família. Vejamos:

Quando Deus por meio de um anjo anunciou a Zacarias, o nascimento de seu filho, João Batista, lhe disse: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto.” (Lucas 1:17). Deus estava afirmando que João prepararia os corações do povo para a vinda do Ungido do Senhor. O Messias deveria encontrar corações quebrantados nos quais sua mensagem tivesse guarida. O principal objetivo da pregação de João, citado pelo anjo foi exatamente a restauração da família: “para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos”.

A vinda do Messias poderia ter sido de qualquer outra forma, mas aprouve a Deus que Jesus, o Salvador, nascesse no seio de uma família, testificando assim da importância desta instituição no plano de Deus. O Filho de Deus nasceu em uma família humilde e ali cresceu em submissão aos seus pais terrenos. Lemos em Lucas este testemunho do Filho de Deus ainda menino: “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no seu coração todas estas coisas.” (Lucas 2:51).

O primeiro milagre público de Jesus foi durante uma festa familiar, consagrando um casamento: “E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas.” (João 2:1-2).

Muitas vezes, ao curar e libertar, Jesus orientava as pessoas a voltarem para suas famílias e testemunharem em seus lares. Vemos isso, por exemplo, com o endemoninhado gadareno que, em gratidão pelo grande livramento, queria seguir Jesus: “Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.” (Marcos 5:19).

Jesus ressuscitou o filho da viúva de Naim, que era a única pessoa que tinha na família. Ressuscitou Lazaro, restaurando assim a paz em mais uma família. Curou a filha de Jairo, um dos líderes da sinagoga. Jesus se dedicava à restaurar a paz e a dignidade nas famílias. Frequentava os lares de seus discípulos. Por exemplo, curou a sogra de Pedro, o qual os católicos afirmam ter sido o primeiro Papa: “E Jesus, entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada, e com febre. E tocou-lhe na mão, e a febre a deixou; e levantou-se, e serviu-os.” (Mateus 8:14-15)

Enfim, Jesus reconhecia e honrava a família, pois sabia que esta foi constituída por Deus. Quando as famílias estavam com problemas, Jesus curava, libertava, ressuscitava, trazendo refrigério e paz à mesma. Não é, então, estranho que Jesus tenha afirmado que quem não aborrecer o seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs não é digno de Reino de Deus? Ou há uma veemente contradição na Palavra de Deus ou a interpretação é bem diferente daquela entendida à primeira vista!

Qualquer interpretação honesta e baseada no contexto neotestamentário afirmará que estes textos se referem à fidelidade ao Reino de Deus. Se referem ao dever de amar mais a Deus do que às suas criaturas. Aliás, devemos amar a Deus acima de todas as coisas, inclusive mais do que a nós mesmos.

O mesmo texto (Lucas 14:26) que diz que para seguirmos Jesus devemos ”aborrecer pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs” também diz que devemos “aborrecer” nossa própria vida. Jesus resumiu toda a Lei em apenas dois mandamentos. Estes dois mandamentos são os parâmetros para nos guiarmos neste assunto e tudo o mais que se refere ao amor: “E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22:37-40)

1. Devemos amar a Deus de todo o nosso coração! Não há como não entender esta afirmação;
2. Devemos amar nosso próximo como a nós mesmos. Aí é que mora a encrenca! Amar a Deus, todos os religiosos “igrejeiros” dizem amar, mas amar o próximo como a si próprio, cada um tem sua própria interpretação. Amar o irmão dentro da igreja é muito fácil, principalmente se tiver tocando um fundo musical bem suave e os olhos do irmão estiverem brilhando. Mas é isso que Jesus nos pediu?

Acho que não foi bem isso! Ele disse o seguinte: “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:44) Em momento nenhum Jesus pediu para os seus servos se isolarem do mundo e muito menos de seus familiares. Em sua oração intercessora antes de sua morte Jesus disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (João 17:15)

Em várias parábolas Jesus citou a família para referir-se ao reino de Deus e ao pai de família pra referir-se à Deus. Isto é bem explícito em Lucas 13, onde lemos: “Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois; Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade.” (Lucas 13:25-27).

Após a ressurreição de Jesus e a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, a igreja que se iniciou se reunia nos lares. As igrejas fundadas pelo apóstolo Paulo também eram nos lares. Em muitos casos as famílias eram as principais referências do cristianismo nos primórdios da Igreja.

Vemos por exemplo a família de Estéfanas: “Agora vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia, e que se tem dedicado ao ministério dos santos).” (1 Coríntios 16:15). Paulo era muito zeloso pela coerência da fé para a preservação tanto da igreja quanto da família. Escreveu para Timóteo sobre isso: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1 Timóteo 5:8) e “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus.” (1 Timóteo 5:4) Também escreveu sobre isso aos gálatas: “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gálatas 6:10) e aos colossenses: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.” (Colossenses 3:20-21).

Por mais incrível que possa parecer aos líderes das igrejas de hoje o critério para escolha de obreiros na igreja primitiva não era ser dizimista fiel e nem tão pouco estar nos cultos todos os dias da semana e nem ainda abandonar tudo pela igreja, o critério era o seguinte: “Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (1 Timóteo 3:4-5).

O que foi então que Jesus estava querendo dizer com aqueles textos em azul citados no início? Devemos amar! Acima de tudo, a despeito de tudo, apesar de tudo e contra tudo, devemos amar muito! Primeiro, a Deus! Que nada e ninguém seja obstáculo para o nosso amor a Deus! Segundo, ao nosso próximo! Que nada, nenhuma filosofia, nenhuma religião, nenhum “ministério”, nenhuma ordenança de homens, nenhuma instrução extra-bíblica possa obstruir nosso amor ao próximo! E, meus caros, não há ninguém mais próximo do que nossos familiares. Se estão distantes talvez nós sejamos os culpados por esta situação.

Não sejamos hipócritas. Não é fugindo da família e dos amigos que vamos preservar a fé. Jesus andava, não com os religiosos, mas com os excluídos. Se você teme sair do “casulo” talvez não esteja pronto para voar nas asas da bendita Graça de Deus. Enquanto corajosos homens e mulheres de Deus gastam suas vidas em perigos de morte e em sofrimentos nas missões do Reino ao redor do mundo, uma grande parte de cristãos engorda egoisticamente em templos suntuosos excluindo das bençãos da Graça aqueles que estão tão próximos: Seus familiares e amigos. Tudo porque seus líderes os prendem com ameaças totalmente descabidas e anti-bíblicas.

Foi Deus quem instituiu a família. A família é a célula mater da sociedade. É do plano de Deus que a família reflita na sociedade as bençãos do Reino de Deus. A Igreja saudável é composta de famílias saudáveis. Mas o líder da igreja não tem supremacia sobre a família. São campos separados.

Jesus censurou gravemente os religiosos de seu tempo por invalidar a Palavra de Deus por causa de seus costumes: “Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá. Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor o que poderias aproveitar de mim; esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe, E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas…” (Mateus 15:3-7a)

O que vemos em grande número são esposas que não respeitam seus maridos para só darem ouvidos aos seus pastores. Jovens que são instruídos a desconsiderarem o que seus pais falam como se os mesmos não fossem dignos de respeito. Toda legítima paternidade é oriunda de Deus Pai. Quantos erros induzidos pelos líderes. Quanto prejuízo espiritual! Quantas famílias dilaceradas. Se Jesus estivesse em carne em nossos dias, certamente trataria tais líderes como tratou os escribas e fariseus do primeiro século.

Primeiro Deus, depois a família, depois o resto! O nosso Deus é um Deus de ordem. É um Deus zeloso pelo amor e pela justiça. Hoje muitos cristãos simplesmente colocaram suas vidas nas mãos de outros homens. Isso é terrível, pois Deus nos chamou para a liberdade e muitos líderes impedem que seus liderados cresçam verdadeiramente na fé, pois lhes fornecem alimento pré-processado para que não tenham a liberdade de pensar por si só. Além disso, contribuem para a desagregação da família.
Peixes de aquário! Isto é o que muitos cristãos são hoje. Já não sabem o que é a abundância das correntezas, pois temem sair de seu cubículo. Pássaros de gaiola que desconhecem o voar na imensidão do céu da Graça.

O amor verdadeiro “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1 Coríntios 13:7). O cristão verdadeiro deve sempre cultivar este amor, começando por sua família e Deus lhe dará a força necessária para vencer todas as barreiras, porque o Reino de Deus está dentro do cristão: “E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.” (Lucas 17:20-21)

Vivemos dias em que a sociedade está esfacelando a família com hábitos pecaminosos e leis destrutivas. A Igreja deve ser uma força para a preservação e restauração da família. A Igreja, como Corpo de Cristo, deve levantar sua voz de autoridade contra aqueles líderes que segregam seus seguidores, afastando-os de seus familiares ou desonrando os relacionamentos familiares como se estes fossem secundários. Famílias saudáveis compõem igrejas saudáveis. Será que devemos voltar ao discurso de João Batista: – “Arrependei-vos porque é chegado o Reino de Deus”?

Por Alma Saldável

Absurdos do evangelicalismo - “A maior autoridade espiritual desta terra”





“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” Mateus 28.18

Os (Des)igrejados - Decepcionados com a Igreja


Por Mauricio Zágari

A Igreja Evangélica brasileira está cansada. E é um cansaço que vem provocando mudanças fortes de paradigmas com relação aos modelos eclesiásticos tradicionais. Ele afeta milhões de pessoas que se cansaram de promessas que não se cumprem, práticas bizarras impostas de cima para baixo, estruturas hierárquicas que julgam imperfeitas ou do mau exemplo e do desamor de líderes ou outros membros de suas congregações. Dessa exaustão brotou um movimento que a cada dia se torna maior e mais visível: o de cristãos que abandonam o convívio das igrejas locais e decidem exercer sua religiosidade em modelos alternativos – ou, então, simplesmente rejeitam qualquer estrutura congregacional e passam a viver um relacionamento solitário com Deus. O termo ainda não existe no vernáculo, mas eles bem que poderiam ser chamados de desigrejados.

No cerne desse fenômeno está um sentimento-chave: decepção. Em geral, aqueles que abandonam os formatos tradicionais ou que se exilam da convivência eclesiástica tomam tal decisão movidos por um sentimento de decepção com algo ou alguém. Muitos se protegem atrás da segurança dos computadores, em relacionamentos virtuais com sacerdotes, conselheiros ou simples irmãos na fé que se tornam companheiros de jornada. Há ainda os que se decepcionam com o modelo institucional e o abandonam não por razões pessoais, mas ideológicas. Outros fogem de estruturas hierárquicas que promovam a submissão a autoridades e buscam relações descentralizadas, realizando cultos em casa ou em espaços alternativos.

A percepção de que as decepções estão no coração do problema levou o professor e pastor Paulo Romeiro a escrever Decepcionados com a graça (Mundo Cristão), livro onde avalia algumas causas desse êxodo. Embora tenha usado como objeto de estudo uma denominação específica – a Igreja Internacional da Graça de Deus –, a avaliação abrange um momento delicado de todo o segmento evangélico. Para ele, o epicentro está na forma de agir das igrejas, sobretudo as neopentecostais. “A linguagem dessas igrejas é dirigida pelo marketing, que sabe que cliente satisfeito volta. Por isso, muitas estão regendo suas práticas pelo mercado e buscam satisfazer o cliente”. Romeiro, que é docente de pós-graduação no Programa de Ciências da Religião da Universidade Mackenzie e pastor da Igreja Cristã da Trindade, em São Paulo, observa que essas igrejas não apresentam projetos de longo prazo.
“Não se trata da morte, não se fala em escatologia; o negócio é aqui e agora, é o imediatismo”. Segundo o estudioso, a membresia dessas comunidades é, em grande parte, formada por gente desesperada, que busca ajuda rápida para situações urgentes – uma doença, o desemprego, o filho drogado. “O problema é que essa busca gera uma multidão de desiludidos, pessoas que fizeram o sacrifício proposto pela igreja, mas viram que nada do prometido lhes aconteceu.”
Se a mentalidade de clientela provocou um efeito colateral severo, a ética de mercado faz com que os fiéis passem a rejeitar vínculos fortes com uma única igreja local, como aponta tese acadêmica elaborada por Ricardo Bitun. Pastor da Igreja Manaim e doutor em sociologia, ele usa um termo para designar esse tipo de religioso: é o mochileiro da fé. “Percebemos pelas nossas pesquisas que muitas igrejas possuem um corpo de fiéis flutuantes. Eles estão sempre de passagem; são errantes, andam de um lugar para outro em busca das melhores opções”, explica. Essa multiplicação das ofertas religiosas teria provocado um esvaziamento do senso de pertencimento, com a formação de laços cada vez mais temporários e frágeis – ao contrário do que normalmente ocorria até um passado recente, quando era comum que as famílias permanecessem ligadas a uma instituição religiosa por gerações.

Para Bitun, a origem desse comportamento é a falta de um compromisso mútuo, tanto do fiel para com a denominação e seus credos quanto dessa denominação para com o fiel. O descompromisso nas relações, um traço de nosso tempo, impede que raízes de compromisso – não só com a igreja, mas também em relação a Deus – sejam firmadas. “Enquanto está numa determinada igreja, o indivíduo atua intensamente; porém, não tendo mais nada que lhes interesse ali, rapidamente se desloca para outra, sem qualquer constrangimento, em busca de uma nova aventura da fé”, constata.

Modelo desgastado – O desprestígio do modelo tradicional de igreja, aquele onde há uma liderança com legitimidade espiritual perante os membros, numa relação hierárquica, já não satisfaz uma parcela cada vez maior de crentes. “As decepções ocorrem tanto por causa de líderes quanto de outros crentes”, aponta o pastor Valdemar Figueiredo Filho, da Igreja Batista Central em Niterói (RJ). Para ele, um fator-chave que provoca a multiplicação dos desigrejados é a frustração em relação a práticas e doutrinas. “Nesses casos, geralmente quem se decepciona é quem se envolve muito, quem participa ativamente da vida em igreja”. Com formação sociológica, o religioso diz que o fenômeno não se restringe à esfera religiosa, já que todo tipo de tradição tem sido questionada pela sociedade. “Há uma tendência ampla de se confrontar as instituições de modo geral”, diz Valdemar, que é autor do livro Liturgia da espiritualidade popular evangélica (Publit).

O jovem Pércio Faria Rios, de 18 anos, parece sintetizar esse tipo de sentimento em sua fala. Criado numa igreja tradicional – ele é descendente de uma linhagem de crentes batistas –, Pércio hoje só freqüenta cultos esporadicamente. “Sinto-me muito melhor do lado de fora”, admite. “Estou cansado da igreja e da religião”. A exemplo da maioria das pessoas que pensam como ele, o rapaz não abriu mão da fé em Jesus – apenas não quer estar ligado ao que chama de “igreja com i minúsculo”, a institucional, que considera morta. “Reconheço o senhorio de Cristo sobre a minha vida e sou dependente da sua graça”, afirma. E qual seria a Igreja com i maiúsculo, em sua opinião? “O Corpo de Cristo, que continua viva, e bem viva, no coração de cada cristão.”

Boa parte dos desigrejados encontra no território livre da internet o espaço ideal para exposição de seus pontos de vista. É o caso de uma mulher de 42 anos que vive em Cotia (SP) e assina suas mensagens e posts com o inusitado pseudônimo de Loba Muito Cruel. À reportagem de CRISTIANISMO HOJE, ela garante que é uma ovelha de Jesus, mas conta que durante muito tempo foi incompreendida e rejeitada pela igreja. “Desde os nove anos, estive dentro de uma denominação cheia de dogmas e regras rígidas, acusadora e extremamente castradora”. Na juventude, afastou-se do Evangelho, mas o pior, diz ela, veio depois. “Retornei ao convívio dos irmãos tatuada e cheia de vícios, e ao invés de ser acolhida, não senti receptividade alguma por parte da igreja, o que acabou me afastando mais ainda dela. Percebi o quanto os crentes discriminam as pessoas”, queixa-se.

Loba conta que, a partir dali, começou uma peregrinação por várias igrejas. Não sentiu-se bem em nenhuma. “Percebi que nenhum dos líderes vivia o que pregava. Isso foi um balde de água fria na minha fé”, relata. Hoje, ela prefere uma expressão de fé mais informal, e considera possível tanto a vida cristã como o engajamento no Reino de Deus fora da igreja – “Desde que haja comunhão com outros irmãos de fé, que se reúnam em oração e para compartilhar a Palavra, evangelizar e atuar na comunidade”, enumera.

Igreja virtual – Gente como Pércio e Loba compartilham algo em comum, além da busca por uma espiritualidade em moldes heterodoxos: são ativos no ambiente virtual, seja por meio de blogs ou através de ferramentas como o twitter e outras redes sociais. É cada vez maior a afluência de pessoas das mais diversas origens denominacionais à internet, em busca de comunhão, instrução e edificação. O pastor Leonardo Gonçalves lidera a Iglesia Bautista Misionera em Piura, no Peru. Mestre em teologia, edita o blog Púlpito Cristão.


 “Quando comecei esse trabalho, passei a conhecer muitas pessoas que estavam insatisfeitas com os rumos que o evangelicalismo brasileiro estava tomando”, revela. “Neste processo, alguns começaram a ver o blog como uma alternativa à Igreja, ou até mesmo como uma igreja virtual”. Leonardo lida com esse tipo de público diariamente no blog. “Geralmente, são pessoas extremamente ressentidas. Consideram-se vítimas de líderes abusivos e autoritários e relatam que tiveram sua autonomia violada e a identidade quase banida em nome de uma mentalidade de rebanho que não refletia os ideais de Cristo.”

Outro que considera natural essa migração em busca de uma comunhão cristã que prescinde da igreja tradicional é o marqueteiro e teólogo presbiteriano Danilo Fernandes, editor do blog e da newsletter Genizah Virtual. Voltado à apologética, seu trabalho tem causado polêmicas e enfrentado resistências, inclusive de líderes eclesiásticos. “Pessoas cansadas de suas igrejas estão buscando pregadores com boas palavras, o que as leva à internet”. Para ele, buscar comunhão virtual em chats e outras mídias sociais é uma tendência. “A massa está desconfiada por traumas do passado; é gente machucada, marcada, ferida, gente que viu seus ídolos caírem”, conclui. Ele mesmo tem atendido diversas pessoas que o procuram para desabafar ou pedir conselhos.

Um resultado dessa busca por comunhão no ambiente virtual é o surgimento de grupos como o Clube das Mulheres Autênticas (CMA). Nascido de uma brincadeira entre mulheres cristãs que se conhecem apenas virtualmente, o grupo tem como lema “Liberdade de ser quem realmente se é”. A bacharel em direito Roberta Oliveira Lima, de 31 anos, é uma das integrantes. Ex-membro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), ela afastou-se de muitas das práticas ensinadas no modelo congregacional e se diz em busca de uma igreja “sem excessos”. Ela se define como “uma pessoa desigrejada, mas não desviada dos princípios do Evangelho”. Segundo Roberta, o CMA supre carências que a igreja local já não preenchia mais. “Nosso espaço tem sido um local de refúgio, acolhimento e alegrias”, relata.

Ela garante que, até o momento, o grupo não sentiu falta de uma figura sacerdotal. “Aquilo que nos propomos a buscar não requer tal figura”, alega. “Pelo contrário, temos entre nós alguns feridos da religião e abusados por figuras sacerdotais clássicas. O nosso objetivo maior é compartilhar a vida e o Evangelho que permeia todos os centímetros de nossa existência”, descreve, ressaltando que, para isso, não é necessário adotar uma postura proselitista. “Mas nosso objetivo jamais será o de substituir a igreja local”, enfatiza.

“Galho seco” – “Falta de acolhimento pela comunidade, o desgaste provocado pelo estilo centralizador e carismático de liderança e frustração com as ênfases doutrinárias contribuem para esse fenômeno”, concorda o pastor Alderi Matos, professor de teologia histórica no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. Mas ele destaca outro fator que empurra as pessoas pela porta de saída dos templos: “É quando uma igreja e seus líderes se envolvem em escândalos morais e outros”.

A paraibana C., de 37 anos, é um exemplo de gente que fez esse penoso percurso. Ela relata uma história de abusos e falta de princípios bíblicos na congregação presbiteriana de que foi membro por mais de quinze anos, culminando com um caso de violência doméstica de que foi vítima – sendo que o agressor, seu marido, era pastor. “Havia perdido completamente a alegria de viver, ao me deparar com uma realidade bem distante daquela que o Evangelho propõe como projeto para a vida”. C. fala que conviveu em um ambiente religioso adoecido pela ausência do amor de Cristo entre as pessoas: “Contendas sem fim, maledicência impiedosa e muitos litígios entre pessoas que se diziam irmãs”.

Este ano, C. pediu o divórcio do marido e tem frequentado um grupo alternativo de cristãos. “Rompi com a religião. Hoje, liberta disso, tudo o que eu desejo é Jesus, é viver em leveza e simplicidade a alegria das boas novas do Evangelho”. Ela explica que, nesse grupo, encontrou pessoas que vivenciaram experiências igualmente traumáticas com a religião e chegaram com muitas dores de alma, precisando ser acolhidas e amadas. “Temos nos ajudado e temos sido restaurados pouco a pouco. No âmbito do grupo, um ambiente de confiança foi formado, de modo que compartilhar é algo que acontece naturalmente e com segurança.”
“As pessoas anseiam por ver integridade na liderança. Quando o discurso não casa com a prática, o indivíduo reconhece a hipocrisia e se afasta”, avalia o bispo primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV), Walter McAlister.
Para ele, se os modelos falidos de igrejas que não buscam o senso de comunhão e discipulado – como os que denuncia em seu livro O fim de uma era (Anno Domini) – não mudarem, o êxodo dos decepcionados vai aumentar. Apesar de compreender os motivos que levam as pessoas a abandonarem a experiência congregacional, o bispo é enfático: “Nossa identidade cristã depende da coletividade e, portanto, de um compromisso com uma família de fé. Sem isso, a pessoa não cresce nas virtudes cristãs e deixa de viver verdadeiramente a sua fé. Como um galho solto, seca e morre”.
“O fenômeno dos desigrejados é péssimo. Somos um corpo, nunca vi orelhas andando sozinhas por ai”, diz Paulo Romeiro.
O pastor Alderi, que também é historiador, recorre à tradição cristã para defender a importância da igreja na vida cristã. “Da maneira como a fé cristã é descrita no Novo Testamento, ela apresenta uma feição essencialmente coletiva, comunitária. A lealdade denominacional é importante para os indivíduos e para as igrejas. Quem não tem laços firmes com um grupo de irmãos provavelmente também terá a mesma dificuldade em relação a Deus”, sentencia.

Sinais do Reino – Dentro dessa linha de pensamento, é possível até mesmo encontrar quem fez uma jornada às avessas, ou seja, da informalidade religiosa para o pertencimento denominacional. Responsável pelo blog Lion of Zion, Marco Antonio da Silva, de 31 anos, é membro da Comunidade da Aliança, ligada à Igreja Presbiteriana do Brasil, em Recife (PE). Ele afirma que redescobriu sua fé na igreja institucional. “Para alguns militantes virtuais mais radicais, isso seria uma heresia, mas tenho uma família com necessidades que uma igreja local pode suprir – e a congregação da qual faço parte supre essa lacuna muito bem”, afirma.

“Existe desgaste, autoritarismo e inoperância em todos os lugares onde o homem está”, reconhece o pastor e missionário Nelson Bomilcar. Ele prepara um livro sobre o tema, baseado nas próprias observações do segmento evangélico a partir de suas andanças pelo país. “Podemos ficar cansados e desencorajados, mas temos que perseverar e continuar amando e servindo a Igreja pela qual Jesus morreu e ressuscitou”. Como músico e integrante do Instituto Ser Adorador, Bomilcar constantemente percorre congregações das mais variadas confissões denominacionais – além de ser ligado a seis igrejas locais, ele congrega na Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo. “Continuo acreditando na Igreja do Senhor. Estou na Igreja porque fui colocado nela pelo Espírito Santo. É possível viver o Evangelho na comunidade, apesar de todas as suas ambiguidades, para balizarmos aqui e ali sinais do Reino de Deus. Tenho sido testemunha disso”.
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