sexta-feira, 30 de março de 2012

[Aconselhamento Bíblico] Devo sair da minha igreja ou lutar por uma reforma?


Pergunta

Queridos irmãos do VE!
Deus começou um processo em minha vida de se revelar por meio de Cristo numa igreja _____. Porém, durante esse tempo, essa instituição começou a crescer e temos visto a liderança, manifestamente se desviar da centralidade da palavra de Deus.
Um dos motivos desse aumento de membros ocorreu em decorrência de uma teologia humanista que se infiltrou, sorrateiramente, atraindo muitas pessoas, pois os “cultos”, as músicas e as pregações tinham o objetivo de “consolar”, agradar e beneficiar as pessoas nas suas carnalidades e dificuldades. Ou seja, estávamos seguindo uma linha de cantar e pregar coisas que as pessoas queriam ouvir e isso atraiu muitas pessoas.
Por conta desse aumento da membresia, muitas pessoas vieram de outras denominações, principalmente neopentecostais, sendo que, sem nenhuma cautela por parte da liderança, essas pessoas começaram a liderar ministérios bases da igreja, como: culto, casais e jovens. Assim, percebemos uma enorme e intensa transformação dessa instituição. Algumas pessoas que perceberam esse desvio da palavra já saíram, outras simplesmente não congregam mais e, ainda, outras, como nós, estamos sem saber o que fazer.
Nossa situação é complicada, pois essa instituição _____ é contra essa gritante distorção do evangelho, como a prosperidade. Mas, não percebe que o humanismo, liberalismo e essa linha mesclada neopentecostal estão destruindo a imagem de Deus e a obra de Cristo aos poucos. Já passamos cultos inteiros, sem qualquer menção ao sacrifício de Cristo na Cruz., tanto nas músicas que possuem temas como: “eu quero, eu vou, eu posso, eu sou”. Como na pregação que usa textos apenas para ensinar uma moralidade, como ser igual a Davi e segundo o coração de Deus!
A impressão que temos é que somos uma salada de frutas, sem doutrina, nem orientação teológica definida, pois muitos são os objetivos. Às vezes sinto que temos reuniões ecumênicas!
No entanto, Deus (tenho minha fé nisso também) começou a despertar algumas pessoas –  minoria é verdade – para o retorno ao verdadeiro evangelho e a centralidade da palavra de Deus por meio de pregação expositiva e cânticos teológicos com coerência bíblica. Deus começou a nos disciplinar e nos direcionar para as doutrinas da graça, para a pregação acerca da depravação humana e também para a doutrina da eleição. Estamos buscando materiais, como no blog de vocês e em outros lugares, exclusivamente reformados, para nos sustentarmos nessa congregação. Temos chorado e nos angustiado por ver essas distorções e, ao mesmo tempo, nos sentindo incapazes de nos levantar, uma vez que começamos a buscar e entender poucas coisas dessa reforma bíblica que precisa ser feita.
Assim, gostaria de solicitar, se for possível, uma opinião do que fazer!
Temos dúvida se continuamos nessa instituição, debaixo dessa liderança humanista e que tem aberto portas para neopentecostais, lutando por uma reforma, sendo que algumas discussões já ocorreram, ou, saímos em direção de outra liderança e congregação que possam nos ajudar e nos alimentar devidamente!

Resposta

Graça e Paz.
“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.” II Timóteo 4.1-5
O seu testemunho é por um lado um tanto animador, pois Deus lhe concedeu graça para buscar a verdade da Cruz, por outro lado, um pouco angustiante, pois pessoas da sua congregação estão abraçando estas doutrinas destituídas das Cruz de Cristo.
O primeiro é passo é cuidar de seu crescimento que está acontecendo agora, este despertar para as verdades da graça de Deus. Tal como Paulo aconselhou Timóteo “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina.” I Tm 4.16ª,assim também cuide de ti mesmo neste momento, de seu amadurecimento e aperfeiçoamento na fé. Por mais que você possa estar angustiado com a situação da igreja local, tu só serás de alguma serventia a Deus se estiver andando no Espírito, manifestando os seus frutos (Gl 5.22-25).

Como lidar com pessoas que se opõem às verdades da Cruz?

“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” II Timóteo 2.24-26

Fuja da contenda.

Como disseste no teu e-mail, já ocorreram algumas discussões, e uma coisa que deve ser evitada ao máximo é discutir.

Seja amável.

A brandura ou amabilidade se faz necessária nesta situação. E tenha sempre em mente que a reação de tais pessoas, é motivada por falta de conformidade com o caráter de Cristo, e nesta hora é necessário ganha-los para Cristo, e você pela graça de Deus deve manifestar o caráter de Cristo neste momento, eles precisam ver Cristo em você (Mt 5.9; Rm 12.9-21).

Mergulhe nas Escrituras.

Toda questão deve ser norteada pelas Escrituras, qualquer coisa que lhe perguntarem, sempre, sempre e sempre comece com a Palavra e não com os seus argumentos. Deixe claro que tudo o que você faz e fala é baseado nas Escrituras. A paciência e mansidão vão ser suas ferramentas de instrução.

Por que eles fazem o que fazem?

Clique na imagem para aconselhar-se
Se alguém se opõe à pregação da Cruz, esta pessoa pode ser classificada como um inimigo da Cruz de Cristo tal como Paulo fala em Filipenses 3.18, ou como Paulo diz em II Timóteo 2.26 “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele, para cumprirem a sua vontade.”.
A insensatez destes de se oporem à pregação da Cruz de Cristo se dá pelo fato que estão cativos pelo diabo, para cumprirem a sua vontade. E isso só a Palavra e a oração para resolver. Ore, interceda por eles diante de Deus, rogando que Deus lhes conceda o arrependimento e o retorno à sensatez.
Não digo para você sair, porque isso é algo muito particular entre você e Deus, mas o que posso dizer é ame a cada um deles, não suas práticas, mas simplesmente os ame. Quando você não sentir mais paz em ficar com eles, então saía.
São em situações assim, que Deus nos concede mais fé nele – passamos a orar mais e depender mais dele. Isso está servindo apenas para moldá-lo e levá-lo a uma maior semelhança de Cristo. Peça sabedoria a Deus (Tg 1.5).
Que o Senhor seja Glorificado através de você.
Por João Vitor © Voltemos ao Evangelho.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

quinta-feira, 29 de março de 2012

“É possível acreditar em Deus usando a razão”, afirma William Lane Craig

 
Quando o escritor britânico Christopher Hitchens, um dos maiores defensores do ateísmo, travou um longo debate nos Estados Unidos, em abril de 2009, com o filósofo e teólogo William Lane Craig sobre a existência de Deus, seus colegas ateus ficaram tensos. Momentos antes de subir ao palco, Hitchens — que morreu em dezembro de 2011. aos 62 anos — falou a jornalistas sobre a expectativa de enfrentar Craig.
“Posso dizer que meus colegas ateus o levam bem a sério”, disse. “Ele é considerado um adversário muito duro, rigoroso, culto e formidável”, continuou. “Normalmente as pessoas não me dizem ‘boa sorte’ ou ‘não nos decepcione’ antes de um debate — mas hoje, é o tipo de coisa que estão me dizendo”. Difícil saber se houve um vencedor do debate. O certo é que Craig se destaca pela elegância com que apresenta seus argumentos, mesmo quando submetido ao fogo cerrado.
O teólogo evangélico é considerado um dos maiores defensores da doutrina cristã na atualidade. Craig, que vive em Atlanta (EUA) com a esposa, sustenta que a existência de Deus e a ressurreição de Jesus, por exemplo, não são apenas questões de fé, mas passíveis de prova lógica e racional. Em seu currículo de debates estão o famoso químico e autor britânico Peter Atkins e o neurocientista americano Sam Harris (veja lista com vídeos legendados de Craig). Basta uma rápida procura no Youtube para encontrar uma vastidão de debates travados entre Craig e diversos estudiosos. Richard Dawkins, um dos maiores críticos do teísmo, ainda se recusa a discutir com Craig sobre a existência de Deus.
Em artigo publicado no jornal inglês The Guardian, Dawkins afirma que Craig faz apologia ao genocídio, por defender passagens da Bíblia que justificam a morte de homens, mulheres e crianças por meio de ordens divinas. “Vocês apertariam a mão de um homem que escreve esse tipo de coisa? Vocês compartilhariam o mesmo palco que ele? Eu não, eu me recuso”, escreveu. Na entrevista abaixo, Craig fala sobre o assunto.
Autor de diversos livros — entre eles Em Guarda – Defenda a fé cristã com razão e precisão (Ed. Vida Nova), lançado no fim de 2011 no Brasil, — Craig é doutor em filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em teologia pela Universidade de Munique, Alemanha. O filósofo esteve no Brasil para o 8º Congresso de Teologia da Editora Vida Nova, em Águas de Lindóia, entre 13 e 16 de março. Durante o simpósio, Craig deu palestras e dedicou a última apresentação a atacar, ponto a ponto, os argumentos de Richard Dawkins sobre a inexistência de Deus.
Por que deveríamos acreditar em Deus? Porque os argumentos e evidências que apontam para a Sua existência são mais plausíveis do que aqueles que apontam para a negação. Vários argumentos dão força à ideia de que Deus existe. Ele é a melhor explicação para a existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também a para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer valores e deveres que existem independentemente da opinião humana.
Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes? Acho que esse é o desejo de Deus. É o que a Bíblia ensina. O fato de que o desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus determina quem é salvo ou não. Parece-me que os próprios humanos determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de salvá-las.
Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe. Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus? Não, elas não poderiam. Acredito que esses autores estão errados. É difícil entender como a concepção do determinismo pode ser racional. Se acreditarmos que tudo é determinado, então até a crença no determinismo foi determinada. Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo, racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar que existe o livre-arbítrio.
O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela religião? A teoria ética desses terroristas não está errada. Isso, contudo, não quer dizer que eles estão certos. O problema é a crença deles no deus errado. O verdadeiro Deus não ordena atos terroristas e, portanto, eles estariam cometendo uma atrocidade moral. Quero dizer que se Deus decide tirar a vida de uma pessoa inocente, especialmente uma criança, a Sua graça se estende a ela.
Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus ‘certo’? Não é suficiente acreditar no deus certo. É preciso garantir que os comandos divinos estão sendo corretamente interpretados. Não acho que Deus dê esse tipo de comando hoje em dia. Os casos do Velho Testamento, como a conquista de Canaã, não representam a vontade normal de Deus.
O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a variações de humor? Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja consistente? Penso que Deus pode fazer exceções aos comandos morais que dá. O principal exemplo no Velho Testamento é a ordem que ele dá a Abraão para sacrificar seu filho Isaque. Se Abraão tivesse feito isso por iniciativa própria, isso seria uma abominação. O deus do Velho Testamento condena o sacrifício infantil. Essa foi uma das razões que o levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaque. Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção que prova a regra. Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir exceções em alguns casos extremos, como esse.
O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a sua interpretação é objetivamente correta? As coisas que digo são baseadas no que Deus nos deu a conhecer sobre si mesmo e em preceitos registrados na Bíblia, que é a palavra d’Ele. Refiro-me a determinações sobre a vida humana, como “não matarás”. Deus condena o sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o de Abraão e Isaque, que Deus mudaria isso. Se eu achar que Deus me comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.
O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra de um ser sobrenatural? A razão pela qual acreditamos na Bíblia e sua validade é porque acreditamos em Cristo. Ele considerava as escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia. A questão, então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus? Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.
Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus? Temos boas bases históricas. A palavra ‘prova’ pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, — como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides — o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram — Deus fez Jesus renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.
O textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos? Além disso, como lidar com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução? Você tem razão quanto a variedade de revisões e traduções. Por isso, é imperativo voltar às línguas originais nas quais esses textos foram escritos. Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam. O Novo Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são trivialidades. Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz: “Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra”. Mas alguns manuscritos dizem: “Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo se cumpra”. Não temos certeza se o texto original diz ‘vosso’ ou ‘nosso’. Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber como o texto se comporta em diferentes versões.
É possível explicar a existência de Deus apenas com a razão? Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo? A razão é muito mais ampla do que a ciência. A ciência é uma exploração do mundo físico e natural. A razão, por outro lado, inclui elementos como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim por diante. Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado ‘cientismo’. Como se a ciência fosse a única fonte da verdade. Não acho que podemos explicar Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte absoluta de bondade moral.
Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o amor e a caridade? As pessoas não entendem o que é o cristianismo. É por isso que alguns ficam tão ofendidos quando se prega que Jesus é a única forma de salvação. Elas pensam que ser cristão é seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso. Isso não é o cristianismo. O evangelho diz que somos moralmente culpados perante Deus. Espiritualmente, somos separados d’Ele. É por isso que precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria vida como sacrifício por nós. Ao aceitar o que ele fez em nosso nome, podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar em Cristo é tão importante. Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e permanecer espiritualmente separado d’Ele. Se você morre nessa condição você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a mesma coisa.
A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade? Penso que a crença em Deus ajuda, mas não é necessária. Ela pode lhe dar uma fundação para valores morais, propósito de vida e esperança para o futuro. Contudo, se você quiser viver inconsistentemente, é possível ser um ateu feliz, contanto que não se pense nas implicações do ateísmo. Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.
Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na ‘mãe natureza’ se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente, os mesmos ensinamentos? Deveríamos acreditar em uma mentira se isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa teoria, só por causa dos benefícios sociais? Eu acho que não. Isso seria uma alucinação. Algumas pessoas passam a acreditar na religião por esse motivo. Já que a religião traz benefícios para a sociedade, mesmo que o indivíduo pense que ela não passa de um ‘conto de fadas’, ele passa a acreditar. Digo que não. Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade — como penso que é — temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A via contrária é o pragmatismo. “Isso Funciona?”, perguntam elas. “Não importa se é verdade, quero saber se funciona”. Não estou preocupado se na Suécia alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em acreditar n’Ele. Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o universo, fonte dos valores morais, é a verdade.

Refrigerante Gospel? Será que Cola? “Leão de Judá” – um refrigerante que vai substituir a Coca Cola. É o fim!




Em meio a apostasia na qual vivemos, será que vai sair a cerveja gospel que sobe redondo?
Cachaça gospel 91 para substituir a famosa 51? Ou cachaça Ovelhinha para substituir a famosa Tatuzinho?

ESTA FALTANDO HOMEM E SOBRANDO MENINO




Por Samuel Torralbo 
Segundo o sociólogo Zygmam Bauman o período da modernidade (iniciada no século XVIII) foi marcado pelo derretimento dos modelos e paradigmas que sempre pautaram a vida em sociedade, onde importantes emancipações e revoluções aconteceram, como por exemplo – a revolução feminista, revolução industrial, emancipação religiosa, etc. Sendo que, atualmente a pós-modernidade seria a ressaca (do período moderno) que embriagou e cambaleou a humanidade na ausência de significado e sentido para a vida.
De modo que, a sensação é de que, a vida contemporânea ao mesmo tempo em que sofre um processo de desconstrução, é vitima de novas adaptações abruptas que ganham forma a cada momento. Com isto, torna-se cada vez mais difícil o individuo contemporâneo entender seu papel no convívio social.
Parece que, esse turbilhão de novidades, informações, expectativas, angústias, e ansiedades tem gerado uma geração esquizofrênica, que busca se achar em meio a um inverso impetuoso e sombrio. Atualmente, é muito comum encontrarmos meninos em corpos de homens. Indivíduos que são gigantes nos seus negócios, mas nanicos nos seus relacionamentos, empreendedores de sucesso, mas fracassados no caráter, exímios construtores temporais e péssimos investidores na eternidade.
A escassez de homens com a fé de Abraão, liderança de Moises, caráter de José e consciência cristã de Paulo, é notável através da fartura de meninos em corpos de adultos que são superficiais, inconstantes, vulneráveis, e inconsequentes.
O perfil bíblico e histórico de um autêntico homem (gênero masculino como feminino) sempre foi caracterizado por um individuo sensato, de palavra, cumpridor dos seus deveres, honesto, respeitador, equilibrado, pacificador, coerente e sóbrio em suas decisões. No entanto, no mundo contemporâneo o aumento de pessoas que ludibriam para atingir seus objetivos; burlam para cumprir suas metas, negociam caráter para crescer em seu contexto, abandonam filhos, sacrificam família, e mudam de opinião como mudamos de roupa é alarmante, evidenciando uma crise de valores e significados.
Este fenômeno, infelizmente acaba atingindo o contexto socio-religioso, onde cada vez mais é comum líderes evangélicos, faltar com a verdade em suas palavras, aplicar calotes financeiros, se envolver em escândalos sexuais, relativizar o caráter cristão, descaracterizando assim o perfil do homem segundo o coração de Deus, enquanto que, promovem o perfil do ministro reprovado por Deus (menino).
Em tempos de relativização, liberalismo teológico, sincretismo religioso e aumento de heresias e modismos, a igreja precisa de homens que ame o evangelho da cruz, e não de meninos que promovam shows em nome da fé. De modo que, é próprio dos homens: 1) cumprir com sua palavra, 2) respeitar o semelhante, 3)lutar pela verdade, 4) valorizar sua família, 5) manter-se sóbrio em tempos de embriaguez existencial, 6) confiar na soberania divina, 7) exercitar-se na humildade, 8)amar sem reservas, 9)e buscar o caráter de Cristo.
Observando o processo histórico humano, parece que, sempre a demanda por homens de valor enfrentou a problemática da escassez dos mesmos – “E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei.” (Ez. 22.30)
Em momentos de crise moral, existencial e espiritual, é comum o aumento de indivíduos sem lastro e aliança com a verdade, ao mesmo tempo em que, urge a necessidade por homens que não barganhem com a consciência e a fé em Deus. Não precisamos neste momento de indivíduos da estirpe de Geazi, mas necessitamos de homens com o caráter do profeta Elizeu.
Sendo assim, a necessidade de manter-se firme no caráter de Cristo e na consciência do Evangelho é essencialmente importante para aqueles não desejam fazer parte da diluição de valores característico do nosso tempo, que objetiva sistematicamente a relativização da verdade eterna de Deus.
De modo que, em tempos onde faltam homens e sobejam meninos ávidos por brinquedinhos pós moderno, o convite de Cristo continua sendo o mesmo –“Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.” (Mt. 8.22)

Nossa Apologética Tem De Apontar Para Cristo




Por Nathan Busenitz
O alvo da apologética deve ser evangelístico e, assim sendo, sua mensagem deve estar centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo. Ele é a resposta a todos os males sociais e a cada coração que o busca. “Mas nós pregamos a Cristo crucificado”, Paulo explicou aos coríntios, “escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Co 1.23). De maneira semelhante, disse aos crentes de Colossos: “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28). Armado com o lema “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fp 1.21), Paulo enfrentou o mundo como embaixador de Cristo, rogando aos ouvintes “em nome de Cristo, vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.20). Ele jamais tomou uma posição apologética que não apontasse para Cristo. Quer no Areópago (At 17) quer no tribunal diante do governador romano (At 26), a defesa da fé feita por Paulo sempre era centrada no evangelho (1 Co 15.3-4).
Uma apologética que deixa de apresentar o evangelho por inteiro deixa no mesmo lugar os pecadores: ainda perdidos. Até confessarem Jesus como Senhor e crer que Deus o ressuscitou da morte, eles permanecem mortos em seus pecados (Rm 10.9). Sua eternidade depende do que farão com Jesus Cristo. À pergunta: “O que devo fazer para ser salvo?” Jesus é a única resposta (At 16.30-31). Para o problema do pecado, ele é a única solução. Como disse João Batista a respeito de Jesus: “quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).
Não podemos nos contentar com uma abordagem apologética que diminua ou negligencie o evangelho. Afinal de contas, nossa meta final não é apenas converter os ateus ao teísmo ou evolucionistas ao criacionismo, mas chamar os incrédulos (quer sejam eles ateus ou teístas, evolucionistas ou criacionistas) a receberem Jesus Cristo. Os argumentos quanto ao teísmo e criacionismo são importantes, mas a apologética cristã será incompleta se parar por aí e não proclamar o evangelho.
Uma ilustração disso está no fato de que muitos evangélicos deram grande valor à conversão do renomado ateu britânico Antony Flew do ateísmo para o teísmo. Ele documentou sua mudança de ideia no livro There is a God, onde admitiu que os argumentos do projeto inteligente o levaram a “aceitar a existência de uma Mente infinitamente inteligente”. [1] No fim do livro, Flew nota que poderia estar aberto ao cristianismo, mas não chega a reconhecer nenhum compromisso pessoal com Cristo. Por sua parte, Flew se identifica como deísta. [2]
Como avaliar esse tipo de conversão? Por um lado, alegramo-nos porque um renomado ateu renunciou publicamente seus erros anteriores. Podemos ser gratos pelos esforços daqueles que, por sua influência, o ajudaram a ver a falência filosófica do sistema ateu. Mas não podemos estar completamente satisfeitos com o resultado, pois o Professor Flew não se tornou cristão.
Quando o apóstolo Paulo esteve diante da oposição, quer no areópago quer diante de Festo e Felix, não se contentou apenas em convencer seus ouvintes da existência de Deus. Na verdade, eles já eram teístas. Contudo, eles tinham renhida necessidade de se reconciliarem com Deus, razão pela qual a mensagem de Paulo era centrada no evangelho de Jesus Cristo. Em uma época quando o ateísmo naturalista ganha aprovação popular, poderá ser tentador pensar que defender a existência de Deus deva ser nosso principal alvo. Mas se deixarmos de fora a mensagem cristocêntrica do evangelho, nosso trabalho apologético ficará incompleto. [3] Fomos comissionados a fazer discípulos do Senhor (Mt 28.18-20), não apenas teístas. Assim, pregamos Cristo crucificado a todas as pessoas, quer elas creiam quer não creiam em Deus.

[1] Antony Flew, There Is a God (New York: HarperCollins, 2007), 158.
[2] Antony Flew e Gary R. Habermas, “My Pilgrimage from Atheism to Theism: An Exclusive Interview with Former British Atheist Professor Antony Flew,” Philosophia Christi 6, no. 2 (Winter 2004). Online at www.biola.edu
[3] Se nos esquecermos da mensagem do evangelho que é centrada em Cristo, corremos o perigo de nos juntar a outros teístas, incluindo cristãos não evangélicos, em um esforço de convencer os não teístas a tornarem-se teístas.
***
Nathan Busenitz, pastor associado e assistente pessoal de John MacArthur da Grace Community Church em Sun Valley, Califórnia. Do BlogFiel, divulgado pelo Púlpito Cristão.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A mais horrorosa criatura do universo.



Por Renato Vargens

Deus criou o  homem perfeito, todavia, devido ao pecado,  o homem foi expulso da presença de Deus tornando-se  assim escravo da sua própria iniquidade. Apesar de ainda termos traços da bondade do Senhor, sofremos as consequências do pecado original. Nossa natureza é má, perversa, e destituida da glória de Deus.

O ensino cristão é de que não existe um homem neste planeta que possa considerar-se justo pelos seus próprios méritos. Na verdade, a Bíblia afirma que “todos pecaram, e que todos estão destituídos da graça de Deus.” (Rm 3:23), diz também “que o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), e que quem peca, “transgride a lei” (I Jo 3:04), e que o pecado faz separação entre os homens e Deus. (Is 59:02)

A Bíblia diagnostica o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que se manifesta em detalhes na vida de cada indivíduo. A doutrina reformada ensina que o homem é totalmente depravado e que necessita desesperadamente de salvação. O Apostolo Paulo ao escrever a igreja de Éfeso afirmou: "estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Efésios 2:1-3). Ora, segundo o ensino paulino toda pessoa não regenerada pelo Espírito Santo de Deus está espiritualmente morta, fazendo a vontade da carne, do mundo, além de viver uma vida absolutamente escravizada por Satanás.

Em outras palavras, isso significa que cada um de nós nasceu como um completo pecador. Nossa essência é pecadora, todo nosso ser é pecador, nossa mente, emoções, desejos, e até mesmo nossa constituição física está corrompida, controlada, e desfigurada pelo pecado e seus efeitos. Ninguém escapa desse veredicto. Nós somos totalmente depravados. Efésios 2:1 resume a doutrina da depravação total ao afirmar que os homens estão mortos em delitos e pecados.

À luz desta verdade sou obrigado a confessar que a condição humana não poderia ser pior. Lamentavelmente o pecado fez do homem um "monstro". O ser humano é implacável, mal, perverso, violento, desobediente aos pais, avarento, mentiroso, homicida, caluniador, adultero, promiscuo, imoral, corrupto e muito mais.

Sinceramente não consigo entender o amor de Deus pela humanidade. O Senhor não seria injusto em condenar o homem ao inferno. Sem sombras de dúvidas somos merecedores da morte eterna. Todavia, Deus nos amou de tal maneira que enviou Jesus para morrer em nosso lugar.

Que amor é esse? Como pode um Deus perfeito, Santo e justo, sacrificar seu próprio Filho em favor de seres tão pecadores? Ah! Que graça maravilhosa!

Bendito seja o Senhor pelo seu imensurável amor!

Como sou grato pela graça! Foi por causa dela que criaturas horrorosas, pecadoras e desprovidas de bondade foram salvas.

Louvado seja o Senhor pela sua misericórdia, benignidade e graça! Louvado seja Cristo por ter morrido na cruz e nos reconcialido com Deus.

Verdadeiramente nós não temos mérito algum em nossa salvação.

Soli deo Gloria

Renato Vargens


[DEVOCIONAL] John Piper – O Som Simultâneo do Riso e do Choro



O Som Simultâneo do Riso e do Choro

Vivendo no mundo real de sofrimento constante e prazeres (em algumas ocasiões)
Como você pode sorrir, quando há tanto choro? Ou como você pode chorar, quando há tantas pessoas gritando de alegria? A vida real nos empurra de um lado para o outro, ao mesmo tempo. Encontro ajuda na maneira como a Bíblia descreve esta experiência.
No livro de Esdras, as pessoas de Israel retornaram a Jerusalém provenientes do exílio na Babilônia, a fim de reconstruírem o templo de Deus. Depois de setenta anos de cativeiro, a profecia de Jeremias se cumpriu, e o povo pôde retornar para casa. Começaram a trabalhar no templo. De acordo com Esdras 3.10-11, “quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do senhor… todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao senhor por se  terem lançado os alicerces da sua casa”. Isso faz sentido. Era um dia de muita alegria. Era um novo começo.
No entanto, os versículos seguintes (Esdras 3.12-13) dizem: “Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os alicerces desta casa; muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria. De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as vozes se ouviam de mui longe”.
Alguns choravam, alguns gritavam de alegria.
Por que os anciãos choravam? Choravam porque tinham visto “a primeira casa”. Em outras palavras, o que eles estavam para construir não se aproximariado tamanho e da grandeza do primeiro templo. Isto é o que Ageu 2.3 afirma:“Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?”
Alguns choravam porque compararam o novo templo com a glória daquele que existia antes. Outros se regozijavam porque o novo templo era muito maior do que o cativeiro na Babilônia e do que não terem nenhum templo. Essas duas perspectivas são verdadeiras. Ambas as emoções são válidas. Este é o caminho da vida. Nas famílias e nas igrejas — e mesmo em nosso coração — ambas as perspectivas e ambas as emoções surgem e desaparecem.
Por exemplo, considere a saúde. Você perde a saúde, talvez a visão, um rim, a memória ou a capacidade de andar. Há uma época de “cativeiro na Babilônia”. Mas, depois de alguns anos, há resposta às suas orações — um milagre ou um tratamento enviado por Deus — e uma parte de sua saúde é restaurada. Você pula de alegria ou chora? Talvez fará as duas coisas. Você recordará a glória anterior, e a perda o entristecerá. Todavia, você perceberá que um alívio lhe foi dado. Um novo dia. Um novo começo. Não o mesmo, e sim um novo e bom começo, repleto de possibilidades e esperança. E você se alegrará.
Ou pense nas inesperadas frustrações do casamento, ou nas escolhas lamentáveis dos filhos, ou nos reveses e progressos esporádicos de sua profissão. Em qualquer dia, você não tem razões para se alegrar e razões para chorar? Isso depende muito de onde você fixa sua mente. Você se concentra no que poderia ter acontecido (por exemplo, como seria bom se minha mãe não tivesse sido assassinada quando eu tinha vinte e oito anos, e estivesse aqui para ver os seus netos crescerem)? Ou você se concentra nas coisas novas que Deus tem feito (e fará) para mostrar a suficiência de sua graça (tal como outra esposa excelente para meu pai, e todos os meus filhos no caminho do Senhor)?
Neste lado da ressurreição de Jesus e do cumprimento final da promessa de fazer todas as coisas cooperarem juntas para o bem do seu povo (Romanos 8.28-32), ainda haverá tristezas. Sim, mas como Paulo disse, não se assemelham às tristezas daqueles que não têm esperança (1 Tessalonicenses 4.13). O nosso choro será um choro firmado na rocha da esperança.
Minha oração, por mim mesmo e todos vocês, é que nosso choro seja profundo, mas não demorado. E, enquanto ele durar, choremos com os que choram. E, quando a alegria vier, pela manhã, alegremo-nos com os que se alegram (Salmos 30.5; Romanos 12.15).

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