quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Não servimos a Deus por causa do que Ele nos dá, Servimos a Deus porque o Amamos!


Habacuque 3:16-19Ouvi, e meu ventre começou a ficar agitado; meus lábios tremeram diante do som; a podridão começou a penetrar-me nos ossos; e eu estava agitado na minha situação, de aguardar tranqüilamente o dia da aflição, a [sua] vinda sobre o povo, [para que] ele os acometesse.

Ainda que [a] própria figueira não floresça e não haja produção nas videiras, o trabalho da oliveira realmente resulte em fracasso e os próprios socalcos realmente não produzam alimento, [o] rebanho seja separado do redil e não haja manada nos currais;

Ainda assim, no que se refere a mim, vou rejubilar com o próprio Jeová; vou jubilar com o Deus da minha salvação.

Jeová, o Soberano Senhor, é minha energia vital; e ele fará os meus pés semelhantes aos das corças e me fará pisar nos meus altos.

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Habacuque testifica que NÃO servia a Deus por causa do que Deus lhe daria, servia a Deus por causa de quem Ele é. Mesmo em meio ao castigo divino derramado sobre Judá, o profeta opta por regozijar-se em Jeová. Deus seria sua salvação e o manancial inesgotável de suas forças. Habacuque sabia que um remanescente fiel haveria de sobreviver à invasão babilônica, por isso proclama com confiança a derradeira vitória dos justos que vivem pela fé em Deus (Habacuque 2:4).

O capítulo 3 de Habacuque é uma oração, expressa como se fosse por ele mesmo, mas feita pelo povo. Suas palavras nos deixam apreensivos, mas ao mesmo tempo alegres pela salvação que Deus nos oferece.

O livro de Habacuque nos ensina que Deus permite a iniqüidade porque tem um tempo certo para agir, o que podemos chamar de “cronologia profética”. Porém, Deus continua sendo Todo-Poderoso e agirá de forma arrasadora quando chegar o Dia marcado. Os servos de Deus visualizam esse Dia e se sentem impressionados, apesar da punição não ser para eles. Em contraste, os iníquos hoje podem viver relativamente tranqüilos, mas naquele Dia ficarão aterrorizados. E aqueles iníqüos que morrerem antes do Dia sabem (bem lá no fundo de suas consciências cauterizadas) que enfrentarão o julgamento divino e que estão condenados.

Entretanto, até esse Dia chegar, Deus vai continuar permitindo que as pessoas escolham serem iníquas se quiserem. Também continuará permitindo que tomem decisões tolas, que desconsideram seus princípios eternos. Mas essas escolhas causam conseqüências adversas inescapáveis. Assim, as pessoas continuarão causando sofrimentos desnecessários para si próprias e umas para as outras. E uma grande parte desses sofrimentos recai sobre pessoas inocentes, inclusive sobre cristãos genuínos. Sim, Deus permite que os justos também sofram, tanto ou às vezes até mais que os injustos.

Para um país agrícola e sem tecnologia moderna como o antigo Judá, o que Habacuque descreveu era um completo colapso econômico. Uma guerra sempre causa dificuldades, mesmo para o lado vencedor. Habacuque não esperava ser milagrosamente poupado das dificuldades que afetariam o país. Sua alegria não se baseava na expectativa de um livramento milagroso, mas sim de sua esperança de salvação.

Muitos cristãos vivem em locais em que as profecias sobre o tempo do fim se cumprem profundamente: pobreza, violência, doenças, etc. Embora possam evitar muitos problemas com a aplicação dos princípios bíblicos, os cristãos não são imunes à estes males, não importa o quão devotos sejam. Além disso, a imperfeição humana cobra tributos de todos nós, sem poupar ninguém. Assim, esse mundo dominado pelo Diabo continuará exercendo pressão sobre todos os discípulos de Jesus. Aqueles que prometem o contrário são falsos profetas.

Entretanto, sabemos porque esses sofrimentos ocorrem e que eles não durarão para sempre, o que nos dá forças para perseverar até o fim. Além disso, temos o apoio de Jesus se buscarmos primeiro o Reino. Ele nunca prometeu uma vida livre de desafios, mas sim que nos daria orientação, apoio e por fim a vida eterna. Seja o que for que Deus permita que soframos, sabemos que por fim Deus recompensará eternamente aqueles que o buscam com sinceridade e fervor. Assim, em vez de desanimar por causa dos reveses ou de cairmos na ansiedade, no materialismo e no hedonismo, devemos confiar em Deus mais do que nunca.

Nunca alicerce sua derradeira confiança no que você mesmo, ou especialistas, ou políticos, ou líderes empresariais, ou líderes religiosos podem fazer. Nunca se esqueça de que sua vida não provém daquilo que você possui, muito menos sua perspectiva de vida eterna, mas sim de Deus. Priorize o Reino de Deus e evitará muitas ansiedades.

Nunca duvide das promessas de Deus de orientar e apoiar seus servos e lhes dar vida eterna. Nunca entre em pânico, nem corra de modo covarde em busca de outro esconderijo que não seja o Criador. Nunca renegue a Deus nem transija sua integridade. Nunca deixe sua visão mental enfraquecer quanto ao apoio dado àqueles que se apegam à sua dedicação à Jeová.

Pare de só pensar em si mesmo e sirva de instrumento de Deus para proclamar as boas novas auxiliar em sentido físico, emocional e espiritual outras pessoas mais necessitadas do que você.

Dizem que o rio Tietê nasce à apenas 7km do mar, mas por causa das circunstâncias ele tem que dar uma volta de 5000km até chegar ao oceano. E é justamente por causa desse longo e acidentado percurso, no qual ele contorna muitos obstáculos e sofre poluição, que o pequeno riacho torna-se um grande rio e finalmente cumpre sua missão. Parafraseando Churchill, não importa o quanto dure nem o quanto custe, JAMAIS NEGOCIAREMOS COM O DIABO!

Não servimos a Deus por causa do que Ele nos dá, servimos a Deus por causa de quem Ele é, servimos a porque o amamos. O Soberano do Universo continuará a permitir o sofrimento até chegar o Dia de eliminá-lo totalmente. E uma parte desse sofrimento pode recair e recai sobre cristãos inocentes sim, por mais devotos que sejam. Mas ainda assim escolhemos nos alegrar em Deus por causa da orientação e apoio que Ele nos dá e pela esperança de salvação eterna que nos oferece. Por isso podemos proclamar com confiança a derradeira vitória dos justos que vivem pela fé em Deus (João 3:36, Romanos 1:17, Hebreus 10:38).

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