sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Quem disse que religião e futebol não se discute?








Parece que o adágio popular de que “religião e futebol não se discute”, já está saindo da moda, pelo menos no meio esportivo.

Um episódio ocorrido envolvendo a seleção brasileira de futebol e sua religiosidade, tem mexido com os ânimos de alguns ateus e agnósticos europeus.

O modo espontâneo com que os atletas brasileiros comemoraram a conquista da Copa das Confederações na África está causando polêmica no universo futebolístico, isto porque, após o apito final, alguns jogadores brasileiros vestiram camisetas com dizeres expressando o seu amor a Jesus Cristo. Imediatamente, alguns dirigentes pediram que a FIFA punisse a CBF pelos gestos praticados pelos componentes da seleção.

Uma das reações de repúdio ficou por conta da redação do proeminente jornal BBC com o artigo intitulado “Divino Futebol”.

No referido artigo, Ricardo Acampora, embora tente manter a mítica neutralidade jornalística em meio à citações de terceiros e suas próprias lucubrações, deixa transparecer propositalmente seu viés preconceituoso a la Richard Dawkins.

Não cabe aqui comentar todas as insinuações maldosas, expressões preconceituosas, falácias de lógicas e incoerências que permeiam aquele artigo, mesmo porque, para uma pessoa com um senso um pouco mais crítico ele é auto refutável e mostra explicitamente o rancor ateísta deste comentarista. Quem quiser poderá conferir no site da própria BBC http://www.bbc.co.uk/blogs/portuguese/esporte/.

Não pretendo de forma alguma entrar no mérito se expressões religiosas devem ou não serem aceitas ou toleradas pela FIFA. Não se trata disso, obviamente.

O que queremos que os leitores percebam é o tipo de atitude que o mundo manifesta cada vez mais para com o Cristianismo. É um preconceito voltado a tudo que diz respeito à religião, sobretudo a religião cristã. Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa, irritado com o acontecimento exclamou : “A religião não tem lugar no futebol”.

Mas, e se porventura fossem os muçulmanos que tivessem tido aquele tipo de atitude? Eles teriam coragem de levantar críticas tão duras como fizeram? Ou talvez, os africanos. Sim, e se os atletas africanos tivessem manifestado seu agradecimento aos deuses de sua religião, será que teriam procedido com o mesmo rigor com que procederam com os atletas evangélicos do Brasil? Improvável!

De fato para países como a Dinamarca e de resto toda a Europa que há muito tempo está mergulhada no ateísmo, parece estranho que em pleno século XXI, alguém ouse manifestar de forma pública seu agradecimento a Deus.
Isto mostra que estamos caminhando para um Ocidente cada vez mais laico, ateísta, e pior ainda, anticristão. Um Ocidente aonde tudo converge para o liberalismo, e onde a palavra tolerância ganha um estranho significado. É proibido proibir, menos é claro, quando se trata da religião cristã.

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